O filme Caos e Afinidade vai ser estreado no festival IndieLisboa. Este documentário realizado por Pedro Gonçalves faz um retrato da música improvisada portuguesa “com especial foco em Lisboa e epicentro no extinto bar Irreal, com nomes como Gabriel Ferrandini, Adriana Sá ou Lantana”. O filme está integrado na secção IndieMusic, que inclui filmes como SOA de Raquel Castro (sobre ambientes sonoros, de silêncio e de ruído), Billie de James Erskine (sobre Billie Holiday, com imagens de arquivo e entrevistas nunca antes vistas) e Aznavour by Charles de Marc de Domenico, entre outros. A edição 2020 do festival IndieLisboa realiza-se entre os dias 30 de Abril e 10 de Maio.
Author: nunocatarino
Humanization 4tet apresenta novo disco “Believe, Believe”
O grupo Humanization 4tet, liderado pelo guitarrista Luís Lopes, vai apresentar um disco novo, Believe, Believe. Este grupo reúne Lopes com o saxofonista Rodrigo Amado e os irmãos norte-americanos Aaron Gonzalez (contrabaixo) e Stefan Gonzalez (bateria). Editado pela Clean Feed, este novo disco é o registo de uma actuação em New Orleans em 2018. O quarteto apresenta-se agora ao vivo em Portugal com três concertos: Caldas da Rainha (Grémio Caldense, 25 Março), Coimbra (Salão Brazil 26 Março) e Lisboa (27 Março, Centro Cultural de Belém). Segue-se depois uma tour europeia, com passagens pela Rússia, Suíça, Alemanha, Bélgica e Noruega.
Old Mountain: dois discos e concerto no Liceu Camões
Carimbo Porta-Jazz: 10 discos
Ainda a propósito dos dez anos do Festival Porta-Jazz, faz sentido revisitar o catálogo de meia centena de discos publicados pelo selo editorial Carimbo Porta-Jazz. Em jeito de celebração, aqui fica uma seleção de dez discos do Carimbo: dez discos que reflectem a diversidade, criatividade e vitalidade do jazz portuense contemporâneo.
João Barradas apresenta dois discos: “Solo I” e “Portrait”
[Fotografia: Márcia Lessa]
Num gesto arrojado, o acordeonista, compositor e improvisador João Barradas acaba de lançar dois discos em simultâneo. Os álbuns Solo I e Portrait são edições em parceria entre a Nischo e a Inner Circle Music e representam duas facetas diferentes do músico. Em declarações exclusivas, João Barradas apresenta-nos estes seus dois trabalhos mais recentes. Continue reading “João Barradas apresenta dois discos: “Solo I” e “Portrait””
Ao vivo: 10.º Festival Porta-Jazz
Fundada no ano de 2010, a associação Porta-Jazz tem promovido diversas iniciativas para divulgar o trabalho desenvolvido pelos músicos jazz do Porto. Além da edição de discos (cerca de meia centena, através do selo editorial Carimbo Porta-Jazz) e da Sala Porta-Jazz (espaço de concertos com programação regular e atenta), a associação organiza o seu festival, homónimo, que se tem realizado com regularidade anual. Chegado à sua 10.ª edição, o Festival Porta-Jazz realizou-se nos dias 7, 8 e 9 de Fevereiro num espaço emblemático da cidade do Porto, o Rivoli – Teatro Municipal, com a programação distribuída por diferentes salas. Continue reading “Ao vivo: 10.º Festival Porta-Jazz”
Disco: “Utopia” de MAU
MAU
Utopia
(Porta-Jazz, 2019)
O contrabaixista Miguel Ângelo tem participado em alguns dos projectos mais interessantes do jazz nortenho contemporâneo, como o Ensemble Super Moderne, o Pedro Neves Trio ou o quarteto MAP. Como líder, em 2013 editou o seu disco de estreia, Branco, e em 2016 seguiu-se o álbum A Vida de X – ambos os gravados com um quarteto que inclui o notável saxofonista João Guimarães. Com estes discos Miguel Ângelo afirmou-se como instrumentista de óptimo nível, mostrando um jazz sólido assente em composições fortes. Contudo, foi com o disco I think I’m going to eat dessert (edição Creative Sources, 2017), gravação arriscada de contrabaixo solo, que mostrou a amplitude da sua visão sonora, mergulhando no universo da improvisação aberta. Continue reading “Disco: “Utopia” de MAU”
Disco: “Song(s) of Hope” de João Lencastre
João Lencastre’s Communion 3
Song(s) of Hope
(Clean Feed, 2019)
O ano de 2019 foi intenso para João Lencastre, que se desdobrou em diversas aventuras musicais. O baterista, compositor e improvisador lançou dois importantes – e diferentes – discos: Parallel Realities (FMR Records), gravado com Albert Cirera (saxofones), Rodrigo Pinheiro (piano), Pedro Branco (guitarra) e João Hasselberg (contrabaixo, baixo e electrónica); e este Song(s) of Hope (Clean Feed) ao leme do seu grupo Communion 3. Integrou um grupo originalíssimo que juntou músicos ligados ao mainstream e à vanguarda, um quarteto que o juntou com Rodrigo Amado, Ricardo Toscano e Hernâni Faustino (“fez história, mudando o cenário do jazz português”, escreveu Rui Eduardo Paes no site Jazz.pt). E participou no Nau Quartet, quarteto liderado pelo seu irmão José Lencastre, que editou o álbum Live In Moscow (Clean Feed), entre outras colaborações e parcerias. Continue reading “Disco: “Song(s) of Hope” de João Lencastre”
Susana China apresenta “Ponto de Fuga”
Cantora natural de Coimbra, Susana China lançou em 2018 o seu disco de estreia, Trapézio, onde se revelou como cantora e compositora. Agora, a cantora acaba de editar um novo trabalho, Ponto de Fuga, dando mais um passo em frente na sua evolução artística. Numa pequena entrevista, Susana China apresenta este novo disco.
Porquê o título Ponto de Fuga?
A escolha do nome deste álbum surge, desde logo, com objectivo de criar várias possibilidades de interpretação a quem ouve… Por ser um álbum que aborda temas e histórias de cariz intimista e de emoções de pessoas, este trabalho posiciona essas mesmas emoções em perspectiva… e pode ser a de qualquer um… e pode, até, permitir uma fuga através das canções. E naturalmente transportar este conceito também para a uma interpretação e concepção visual, confere coerência e unidade ao trabalho e acredito que reforça a sua compreensão. E aqui tenho que salientar o trabalho de design da Mariana Seiça que está comigo desde o início do Trapézio e agora neste Ponto de Fuga. Ela tem sido fundamental para que os álbuns tenham, de facto, um design tão bonito!
Como decorreu o processo de composição destes novos temas?
O meu processo de composição é sempre solitário. Não consigo partilhar nenhuma ideia ou conceito (mesmo que seja um trabalho conjunto), sem que essa ideia não esteja minimamente segura na minha cabeça. Tenho que ter uma estrutura daquilo que quero dizer e cantar. Só depois desta fase é que consigo partilhar. E foi neste contexto que foi surgindo o Ponto de Fuga. O Guilherme foi ouvindo as minhas ideias e naturalmente foi acrescentando com as suas. Todo o álbum nasce da voz e da guitarra. Até o tema “Deixa ficar”, que tem o arranjo de cordas do Buga Lopes, inicialmente, passou por essa fase. Se tivermos que nos apresentar só a voz e guitarra, isso vai acontecer; mas esse não é o álbum que gravámos. É a raiz desse trabalho e pode também ser encarado como uma nova forma de o disco se transfigurar e voltar à sua fase mais embrionária e crua… ou de alguma forma voltar a ser mais intimista e/ou até reinventar-se. Continue reading “Susana China apresenta “Ponto de Fuga””
Discos: “Corda Bamba” / “Fish Wool” (2019)
Corda Bamba
Corda Bamba
(JACC Records, 2019)
Fish Wool
Fish Wool
(JACC Records, 2019)
Uma das iniciativas marcantes promovidas pelo Jazz ao Centro Clube tem sido, além do festival homónimo, dos ciclos X-Jazz e da gestão/programação do Salão Brazil, a editora JACC Records. O selo editorial, inaugurado em 2010, tem documentado projectos interessantes do jazz e das músicas improvisadas feitas em Portugal, estando agora a chegar às quatro dezenas de edições. Os dois lançamentos mais recentes da editora mostram músicos nacionais em parceria com músicos estrangeiros, mostrando que a música não conhece fronteiras. Continue reading “Discos: “Corda Bamba” / “Fish Wool” (2019)”