Vai nascer um projecto musical original, um grupo que junta a improvisação livre com a escrita de texto em tempo real. O trio TextuAlive reúne Hernâni Faustino (contrabaixo), Miguel Mira (violoncelo) e Margarida Azevedo (texto). Margarida Azevedo é autora do site Dizsonâncias; Hernâni Faustino integra os grupos RED Trio, Staub Quartet, Volúpias, Nau Quartet, Hamar Trio e Uivo Zebra, entre outros; e Miguel Mira colabora nos projectos Rodrigo Amado Motion Trio, Staub Quartet, Toscano/Pinheiro/Mira/Ferrandini, Variable Geometry Orchestra, Mitzlaff/Mira, IKB, entre outros. O trio irá trabalhar numa residência artística promovida pelo OSSO Associação Cultural, de 23 a 25 Janeiro, e irá apresentar-se ao vivo no dia 25 de Janeiro, às 17h30, no Open Day OSSO em São Gregório, Caldas da Rainha.
O novo projecto apresenta-se: “TextuAlive nasceu da vontade de transpor para performance ao vivo a rubrica “Quem escreve um solo acrescenta-lhe um conto” do projeto (Diz)Sonâncias. Foi uma gravidez longa e desejada. Um parto longo mas sem dor. Sem pedido de epidural e sentido ao segundo com momentos de respiração profunda e uma força tão necessária ao nascimento de qualquer projeto. O trio, composto por Hernâni Faustino (que tão bem sente e dá vida ao contrabaixo), Miguel Mira (que traz com ele o violoncelo e deixa no ressoar das cordas tanto por contar) e Margarida Azevedo (que dedilha teclados que projetam palavras numa tela). O desafio foi lançado por ela. A vontade de tornar o (Diz)Sonâncias a verdadeira sinergia entre sons e palavras fez com que mergulhasse de cabeça num poço sem fundo de possibilidades e esforços conjuntos. O primeiro conto nasceu exatamente de um solo do Hernâni e foi nesse momento que percebeu que escrever num trio em plena improvisação era o próximo passo. Um trabalho de improvisação pura. Em que o público irá viajar entre sons e letras. Textualizar no improviso. Improvisar sons, palavras, rumos e histórias. Se há momento em que o coração vai estar nos dedos de nós os três, esse momento será o da exata partilha com o público. O resultado? Fica a promessa de originalidade, criatividade e acima de tudo uma viagem que não terá como início “Era uma vez…”.”