3 Discos? A escolha de Helena Espvall

A violoncelista Helena Espvall vem sedimentando um percurso musical rico e diverso, entre a folk, a música experimental e a improvisação livre. Originária da Suécia, viveu vários anos em Philadelphia e reside em Lisboa desde 2012. Integrou as bandas Espers e The Valerie Project, formou o duo Anahita com Tara Burke (AKA Fursaxa) e, entre outros, colaborou com músicos como Vashti Bunyan, Damon and Naomi, Marissa Nadler, Bert Jansch ou Charalambides. Tem também desenvolvido trabalho em nome próprio e actualmente é uma figura muito activa na cena improvisada lisboeta. Estas são as suas escolhas.

“Para mim é muito difícil escolher apenas três discos… Fico com pena de deixar de fora músicos como Arthur Russell, Kate Bush, Nelson Angelo & Joyce, Milton Nascimento, Iva Bittova, John Cale, Jordi Savall e Eric Dolphy, entre muitos outros!”

Sparks – “Kimono My House”
(Island, 1974)
“Foi o primeiro disco que comprei e ainda hoje continuo enfeitiçada por esta música! A primeira canção, “This Town Ain’t Big Enough For The Both Of Us”, deu-me cabo da cabeça quando a ouvi em miúda – era simultaneamente a música mais estranha e mais cativante que eu já tinha ouvido… Foi a minha primeira experiência de ficar completamente fascinada pela música e desde aí as coisas nunca mais foram as mesmas.”

Tom Cora – “Gumption In Limbo”
(Sound Aspects, 1991)
“O Tom Cora foi a minha primeira inspiração do violoncelo não tradicional e tenho muita pena de nunca o ter visto ao vivo.  Encontrei a sua música num momento em que estava deprimida com o facto de que nunca seria uma boa violoncelista clássica. Ele mostrou-me que existiam outros caminhos e abriu-me uma grande porta, com os seus dedos aracnídeos e  as suas linhas chamuscantes de violoncelo.”

Turid – “I Retur”
(Silence, 2004)
“É uma compilação que reúne de canções dos três discos que Turid Lundqvist, uma cantora sueca muito tímida, publicou nos anos setenta, antes de abandonar a música, desiludida pelos aspectos dogmáticos do movimento musical esquerdista da altura. Misturando o poético com o político, escrevendo sobre seres míticos das florestas encantadas e ao mesmo tempo sobre destruição ambiental, joaninhas e imperialismo, as suas canções artesanais e a sua voz prateada são dos tesouros mais ricos da Suécia.”

RED Trio no Maria Matos: Celebration Band completa

O RED Trio vai assinalar o seu 10º aniversário com um concerto no Teatro Maria Matos a 10 de Fevereiro. A lista de convidados da chamada “Celebration Band” acaba de ser fechada: juntam-se Carlos Santos, Ernesto Rodrigues, Fala Mariam, Luís Vicente, Miguel Abras, Miguel Mira, Nuno Torres, Pedro Sousa e Ricardo Jacinto. A estes músicos somam-se os nomes já confirmados anteriormente (John Butcher, Mattias Ståhl, Rodrigo Amado, Sei Miguel e David Maranha). Os convidados vão interpretar três composições, cada peça assinada por cada um dos membros do trio.

Peça de Hernâni Faustino:
Rodrigo Pinheiro
Hernâni Faustino
Gabriel Ferrandini
John Butcher
Sei Miguel
Fala Mariam
Mattias Ståhl
Ricardo Jacinto
Carlos Santos

Peça de Rodrigo Pinheiro:
Rodrigo Pinheiro
Hernâni Faustino
Gabriel Ferrandini
John Butcher
Mattias Ståhl
Nuno Torres
Ricardo Jacinto
Carlos Santos
Ernesto Rodrigues
Luís Vicente

Peça de Gabriel Ferrandini:
Rodrigo Pinheiro
Hernâni Faustino
Gabriel Ferrandini
Mattias Ståhl
Pedro Sousa
Miguel Mira
Rodrigo Amado
David Maranha
Miguel Abras

Conferência Europeia de Jazz realiza-se em Lisboa

European Jazz Conference 2017 [Fotografia: Tina Ramujkic]

A Conferência Europeia de Jazz vai realizar-se este ano em Lisboa. A conferência decorre entre os dias 13 e 16 de Setembro e será co-organizada pelo Europe Jazz Network, Associação Sons da Lusofonia e Centro Cultural de Belém. A quinta edição da European Jazz Conference vai ter como palco o CCB e vai acolher debates, workshops, visitas culturais, um concerto de gala e actuações de bandas portuguesas. Acaba de abrir o concurso para os showcases de músicos portugueses, podendo ser enviadas candidaturas até 12 de Março – mais informação aqui.

Trio de Sei Miguel estreia-se no Damas

No dia 2 de Fevereiro o novo Trio de Sei Miguel estreia-se no Damas. Esta nova formação junta o trompetista e compositor com Fala Mariam (trombone) e Bruno Silva (guitarra eléctrica). Antecipando a actuação, Bruno Silva conta: “Vamos tocar material que nunca foi trabalhado neste formato. É um campo praticamente inédito quer para nós – eu e Fala – quer para o Sei, que trabalha quase sempre num espaço onde a percussão é preponderante. Nesse sentido, o trabalho tem sido tão gratificante e enriquecedor como sempre, com uma curva extra de expectativa. Vai ser bonito.” Na mesma noite há também uma performance de António Poppe, que vai ler poesia.

Pianista Filipe Melo regressa ao cinema


[Fotografia: Vitorino Coragem]

O pianista Filipe Melo vai regressar ao cinema. Também músico de jazz e autor de BD, Melo regressa à realização com a curta-metragem “Sleepwalk“, uma adaptação ao cinema de um conto de BD que integra o livro “Comer/Beber” (edição Tinta da China). Filipe Melo assina a realização, o argumento e a banda sonora original, que vai ainda contar com a participação do guitarrista Norberto Lobo. O filme foi rodado em Los Angeles em Novembro de 2017 e encontra-se actualmente em pós-produção, tendo a estreia prevista para este ano de 2018.

Agora é que são Elas

[Fotografia: Miguel Ângelo]

As cantoras Joana Machado, Marta Hugon e Mariana Norton juntaram-se numa nova aventura musical. Elas e o Jazz é o nome do projecto onde as três cantoras reinventam temas do cancioneiro jazzístico tradicional e da Broadway com refinadas harmonias vocais. As cantoras fazem-se acompanhar por um trio instrumental de luxo: João Pedro Coelho no piano, Romeu Tristão no contrabaixo e João Pereira na bateria – músicos que integram o reputado Ricardo Toscano Quarteto. A primeira actuação do grupo está marcada para o dia 6 de Outubro no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal. O primeiro vídeo de apresentação deste projecto, uma interpretação do clássico “Devil May Care”, já pode ser visto aqui.

Está quase a chegar mais um Rescaldo

Maria da Rocha [Fotografia: Pedro Sadio]

Está quase a chegar a 11ª edição do festival Rescaldo, que vai apresentar onze concertos entre 16 e 24 de Fevereiro. Com programação de Travassos, o festival destaca algumas das propostas mais interessantes da música exploratória nacional.  O Rescaldo volta a assentar arraiais na Culturgest e vai promover novamente um concerto no (polémico) Panteão Nacional.

O festival arranca a 16 de Fevereiro, sexta-feira, com as actuações de Maria da Rocha (a apresentar o disco “Beetroot”) e do trio Diana Combo, Rafael Toral e Pedro Centeno no Pequeno Auditório da Culturgest. Também no mesmo auditório, no sábado, actuam a violoncelista Joana Guerra (solo) e o trio Harmonies (grupo de Joana Gama, Luís Fernandes e Ricardo Jacinto). Na tarde de domingo, às 16h30, a pianista Joana Gama apresenta-se em concerto no Panteão Nacional, com a interpretação de obras de Morton Feldman, Erik Satie e John Cage.

Na segunda semana de Rescaldo os concertos têm lugar na garagem da Culturgest. sexta-feira, 23 de fevereiro, há três concertos: Vitor Rua & The Metaphysical Angels,  Citizen: Kane & Hobo e Mmmooonnnooo + Quim Albergaria. O festival encerra no sábado, dia 24, com mais três actuações: EITR + Gabriel Ferrandini, Farwarmth e 10.000 Russos + Jonathan Uliel Saldanha.

Todos os concertos na Culturgest arrancam às 21h30 e têm o preço único de 6€. O concerto no Panteão Nacional tem entrada livre, mediante o pagamento do ingresso no Panteão (4€).

Disco: “Moonwatchers” de Slow Is Possible

Slow Is Possible
“Moonwatchers”
(Clean Feed, 2017)

Por esta altura os Slow Is Possible (SIP) já não serão uma completa surpresa, como aconteceu quando apresentaram o seu primeiro disco, editado pela coimbrã JACC Records. Contudo, não deixa de ser surpreendente esta original mescla de referências musicais, que entrecruza elementos de jazz, pós-rock e música de câmara, numa música que acaba por soar cinematográfica.

Os SIP são uma formação original que junta seis excelentes instrumentistas nacionais: Bruno Figueira (saxofone alto), João Clemente (guitarra elétrica e eletrónica), Nuno Santos Dias (piano), André Pontífice (violoncelo), Ricardo Sousa (contrabaixo) e Duarte Fonseca (bateria). Com uma configuração instrumental pouco habitual, o sexteto trabalha composições bem estruturadas, que convocam toda a panóplia instrumental, num inteligente trabalho de orquestração. (…)

Texto completo no site Bodyspace:
http://bodyspace.net/discos/3258-moonwatchers/

Bay’s Leap com Paulo Chagas nas Caldas

Depois de tocar com o violinista Carlos Zíngaro (a 2 Fevereiro na Ler Devagar), o trio inglês Bay’s Leap vai actuar com outro improvisador português, o saxofonista Paulo Chagas. O trio de Noel Taylor (clarinete), Clare Simmonds (piano) e James Barralet (violoncelo) junta-se a Chagas para um concerto de música improvisada. O concerto terá lugar no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, no dia 3 de Fevereiro às 17h00.

Montanhas Azuis e Giovanni Di Domenico na ZDB

Marco Franco e Norberto Lobo [Fotografia: Vera Marmelo]

No dia 3 de Fevereiro a Galeria ZDB acolhe as actuações de Montanhas Azuis e Giovanni Di Domenico. O italiano Di Domenico apresenta o disco “Insalata Statica”, ao leme de um octecto que junta Ananta Roosens, Vera Cavallin, Jordi Grognard, Niels Van Heertum, Miquel Casaponsa, Laurens Smet e Joao Lobo.

Montanhas Azuis é um projecto que junta dois músicos portugueses consagrados: Norberto Lobo (guitarra) e Marco Franco (bateria). Neste concerto a dupla vai contar com a colaboração do convidado Bruno Pernadas. Os bilhetes têm o preço de 8€ e estão disponíveis na Flur Discos, Tabacaria Martins e ZDB (segunda a sábado 22h-02h, reservas@zedosbois.org).