Apresentação do livro “Improvisando” no Hot Clube de Portugal

[Fotografia: Mónica Sousa]

O Hot Clube de Portugal acolheu a apresentação do livro Improvisando – a nova geração do jazz português, de Nuno Catarino e Márcia Lessa, no dia 13 de Novembro. A apresentação contou com a participação do jornalista Nuno Rogeiro e de Inês Cunha (Presidente HCP), tendo-se seguido uma actuação musical com alguns dos músicos participantes no livro.

O livro está disponível nas livrarias Tigre de Papel, Snob, Letra Livre, Letra Livre ZDB, Ler Devagar, Distopia, sede Hot Clube (Lisboa), Flâneur (Porto) e Centésima Página (Braga). Também pode ser encomendado através do e-mail encomendas@tigrepapel.pt.

Apresentação do livro: Improvisando – a nova geração do jazz português”

No século XXI e, particularmente, nesta década de 2010, testemunhámos o surgimento de uma novíssima geração de jovens músicos que propõem novas ideias e novos caminhos para o jazz. O livro “Improvisando – a nova geração do jazz português“, de Nuno Catarino (crítico de jazz) e Márcia Lessa (fotógrafa), reúne entrevistas a catorze músicos que são representantes desta nova vaga: Ricardo Toscano, João Hasselberg, André Santos, Rita Maria, Desidério Lázaro, Pedro Branco, João Barradas, Gabriel Ferrandini, Sara Serpa, Luís Figueiredo, César Cardoso, Susana Santos Silva, João Mortágua e Pedro Melo Alves. O livro tem edição do Hot Clube de Portugal e é complementado com uma lista de discos essenciais de jazz português do século XXI, uma seleção de pistas de audição para quem queira descobrir ou conhecer melhor o jazz e as músicas improvisadas que se fazem em Portugal.

O Hot Clube de Portugal vai acolher a apresentação do livro, no dia 13 de Novembro às 22h30. A sessão de apresentação vai contar com Nuno Rogeiro, seguindo-se momentos musicais com alguns dos músicos participantes no livro: Ricardo Toscano, João Hasselberg, André Santos, Rita Maria, Desidério Lázaro, Pedro Branco, Gabriel Ferrandini, César Cardoso e Pedro Melo Alves.

O livro estará disponível para venda a partir de dia 13 de Novembro na livraria Tigre de Papel (Rua de Arroios, 25, nos Anjos, em Lisboa) ou por encomenda, através do e-mail encomendas@tigrepapel.pt.

Livro: Jazz In Europe” de José Dias

José Dias
Jazz In Europe
(Bloombury, 2019)

Residente em Manchester, José Dias é um guitarrista, compositor e investigador português. Como músico, Dias editou três discos em contexto jazzístico: “360”, “Magenta” e “What Could Have Been” (edição Sintoma Records). Este ano de 2019 tem sido rico: aventurou-se numa outra vertente, a exploração da guitarra, e apresentou o surpreendente disco “After Silence, Vol. 1” (edição Clean Feed); agora acaba de publicar o disco de estreia do seu quarteto Awareness (gravado ao vivo na SMUP, na Parede), onde está acompanhado por Francisco Andrade (saxofone tenor), Gonçalo Prazeres (saxofones alto e barítono) e Rui Pereira (bateria).

Em paralelo com a actividade musical, Dias tem desenvolvido um interessante trabalho de investigação na Manchester Metropolitan University e realizou o documentário “Those who make it happen”, sobre a cena jazz portuguesa. Agora acaba de editar o livro “Jazz In Europe”, onde reflecte sobre as conexões e identidades do jazz feito no continente europeu. A análise de Dias divide-se em quatro partes principais: a investigação do jazz na Europa na actualidade; os desafios para as conexões do jazz europeu; as estratégias actuais; e a voz dos músicos no terreno.

O livro “Jazz In Europe” é o resultado de um trabalho de investigação, que decorreu entre 2011 e 2016. Dias coloca-se na posição de observador participante, ou seja, alem da investigação tradicional, também fez parte de projectos que promoveram activamente o jazz e as suas redes e conexões: integrou a estrutura da Sintoma Records (entre 2011 e 2013); assumiu a posição de delegado de investigação do festival 12 Points; e promoveu e participou em diversos debates. Não pretendendo ser um documento histórico definitivo – para isso consulte-se o enorme livro “The History of European Jazz”, editado por Francesco Martinelli (Equinox, 2018) – a análise de José Dias faz um retrato possível do quadro do jazz actual, das suas características, ligações e desafios.

Deveremos falar de “jazz europeu” ou “jazz na Europa”? Quais são as redes que efectivam essa ligalção no terreno? Quais os desafios que se enfrentam hoje em dia? O trabalho de Dias dá voz aos músicos, promotores e divulgadores, promovendo uma fluência de ideias, obriga-nos a reflectir sobre o actual panorama europeu, entre as dificuldades e as oportunidades. Partindo da natureza académica, este é globalmente um objecto muito interessante para todos os interessados em analisar e compreender o jazz que se cria no continente europeu neste século XXI.

Texto publicado no site Bodyspace.

Žiga Koritnik apresenta livro de fotografia

Peter Brotzmann e Joe McPhee [Fotografia: Žiga Koritnik]

O fotógrafo esloveno Žiga Koritnik acaba de publicar o livro de fotografia Cloud Arrangers. Koritnik é um fotógrafo que tem acompanhado a cena jazz internacional, tendo já passado por Portugal. O livro apresenta uma selecção de retratos e fotografias de músicos de jazz, desde 1986 até 2018, incluindo retratos de músicos como Miles Davis, Anthony Braxton, Han Bennink, Hamid Drake ou Paul Lovens, num total de 379 páginas. O livro ainda não foi apresentado em Portugal, mas o autor manifesta o desejo de o fazer e espera trazê-lo ao nosso país no ano que vem. O livro Cloud Arrangers está disponível para encomenda online, através do site zigakoritnikphotography.com, e as novidades podem ser acompanhadas através do Facebook e do Instagram.

Livro: “O Fagote de Shatner e outros contos” de Rui Eduardo Paes

Rui Eduardo Paes
“O Fagote de Shatner e Outros Contos”
(Chili com Carne, 2019)

William Shatner é um conhecido actor canadiano, sobretudo popularizado pela sua participação na saga Star Trek com a personagem de Capitão Kirk. O título “O Fagote de Shatner” refere-se a uma suposta cena na saga Star Trek (cena que nunca vi) em que Kirk integra um grupo de madeiras, naquele que seria um hobbie pouco habitual na era espacial. Na vida real Shatner não toca fagote, mas tem uma carreira musical, iniciada no ano de 1968 com o disco “The Transformed Man”, em que interpreta canções pop em registo spoken word. Neste percurso destaca-se um raro e memorável momento na musica pop, o disco “Has Been” editado em 2004, mostrava Shatner a recitar letras de canções populares, com destaque para a sua versão de “Common People” dos Pulp.

Neste seu novo livro o musicólogo Rui Eduardo Paes (REP) parte do fagote de Shatner para mais uma exploração entre a música e outras áreas. De resto, o título é enganador, não se tratam de “contos”, mas de ensaios, no registo livre, pessoal e quase-literário que Paes já definiu como sua marca. O livro divide-se em três grandes capítulos, cada um dedicado a um tema muito específico: sexo, loucura e morte. Mais uma vez, REP volta a fazer a associação entre música e músicos e outras áreas, os referidos temas. Continue reading “Livro: “O Fagote de Shatner e outros contos” de Rui Eduardo Paes”

Levi Condinho: poesia encharcada de jazz

O jazz também se faz do público, os espectadores são parte integrante de cada espectáculo. Um dos rostos mais assíduos nas salas lisboetas é Levi Condinho, poeta que acaba de ver reunida a antologia “Pequeno Roteiro Cego”, organizada por António Cabrita e Miguel Martins, editada pela Abysmo. A poesia de Condinho está encharcada de jazz, um dos seus poemas é a “Ode ao Charlie Parker” e um dos seus livros tem como título “Saxofone” (editado na & etc).

«que mais poderia Deus querer /
na grande falta da sua completa solidão /
senão esta invenção pascal do jazz /
para o fim do seu imenso tédio»

Texto de António Cabrita na Revista Caliban:
https://revistacaliban.net/levi-condinho-o-seu-a-seu-tempo-4ddd2e6a54ba

Rui Eduardo Paes apresenta novo livro

Rui Eduardo Paes [Fotografia: Paulo Leal Duarte]

O musicólogo Rui Eduardo Paes vai apresentar um novo livro. O novo trabalho, com o título “O Fagote de Shatner”, vai contar com ilustrações de Rudolfo e será publicado pela editora Chili Com Carne. Neste seu novo livro, o décima obra publicada pelo ensaísta, editor da Jazz.pt e programador, serão abordados três temas centrais:  o sexo, a loucura e a morte. Está prometida uma abordagem ampla, que atravessa “o jazz criativo, a música improvisada e os vários experimentalismos do presente”, mas também passará “pelo hip-hop queer, pelo nintendocore e por outras correntes menos conhecidas”.

O evento de apresentação do livro terá lugar na SMUP, na Parede, no dia 16 de Março, às 22h00. Além da apresentação do livro, que conta com André Calvário e João Sousa como oradores, o evento vai contar com actuações musicais de três projectos experimentais: Ameeba, Salomé e Svayam. O trio Ameeba junta Frederico Pais (guitarra eléctrica), Carlos Paes (baixo eléctrico) e Pedro Lourenço (bateria). Salomé é um projecto que reúne Ricardo Jacinto (violoncelo, electrónica), André Calvário (baixo eléctrico) e Patrícia Guerra (bateria). E Svayam é um projecto a solo de João Sousa, que utiliza taças tibetanas e guitarra. O evento tem entrada livre, mediante donativos para os músicos.

Livro: “Jazz Posters”

“Jazz Posters”
João Fonseca
(Argumentum, 2018)

No ano em que assinalam os 70 anos da sua fundação, o Hot Clube de Portugal promove a edição de um livro que reúne cartazes históricos de concertos. Esta publicação “Jazz Posters” – edição bilingue, em português e inglês – reúne cerca de 60 cartazes criados por João Fonseca (1958-2011). Não sendo designer de formação, o arquitecto e ilustrador João Fonseca criou cartazes para concertos do histórico clube de jazz, entre os anos de 1985 e 1989. Fonseca trabalhou para o Hot Clube sempre em regime “pro bono”, pelo amor à música, sem nunca receber nada em troca.

Por um lado, estes cartazes são verdadeiros objectos de arte e o livro funciona como um catálogo, uma mostra do design português de uma época. Cada concerto tinha uma imagem própria, assente num trabalho original de tipografia e composição gráfica, comunicando visualmente a música de cada grupo. Com recursos limitados, Fonseca trabalhava à mão e criava obras especiais, aqui reproduzidas na escala real (A3). Em cada cartaz vemos uma imagem original, única, irrepetível. Continue reading “Livro: “Jazz Posters””