Melhores de 2022 por Nuno Catarino

NACIONAIS

RICARDO TOSCANO TRIO: “Chasing Contradictions” (Clean Feed)
VERA MORAIS / HRISTO GOLEMINOV: “Consider the Plums” (Carimbo Porta-Jazz)
MÁRIO LAGINHA TRIO: “Jangada” (Edition)
PEDRO BRANCO: “A Narrativa Épica do Quotidiano” (Edição de autor)
SUSANA SANTOS SILVA: “All the Birds and a Telephone Ringing” (Thanatosis)
JOÃO PEDRO COELHO: “Crónicas” (Edição de autor)
RODRIGO AMADO: “Refraction (Solo)” (Trost)
JOANA RAQUEL / MIGUEL MEIRINHOS: “Ninhos” (Carimbo Porta-Jazz)
HUGO CARVALHAIS: “Ascetica” (Clean Feed)
MANUEL LINHARES: “Suspenso” (Carimbo Porta-Jazz)
RITA MARIA / JOÃO MORTÁGUA / MANÉ FERNANDES: “Quang Ny Lys” (Roda)
JOSÉ LENCASTRE: “Common Ground” (Phonogram Unit)
THE MICHAEL LAUREN TRIO: “Live at Mobydick Records” (Mobydick Records)
ISABEL RATO QUINTETO: “Luz” (Nischo)
ANDRÉ SANTOS: “Embalo” (Edição de autor)
BERNARDO TINOCO / TOM MACIEL: “NoMad Nenúfar” (Clean Feed)
LANTANA: “Lantana” (Cipsela)
PEACHFUZZ: “Peachinguinha” (Silent Water)
MAZAM: “Pilgrimage” (Clean Feed)
KATERINA L’DOKOVA: “Mova Dreva” (Edição de autor)

Listas completas em jazz.pt

Disco: “Cheval de Frise” de Cheval de Frise

Cheval de Frise
“Cheval de Frise”
(Computer Students, reedição 2022)

“O cavalo de frisa é um tipo de obstáculo defensivo, de origem medieval, que consiste numa estrutura portátil coberto por diversos espigões longos de ferro ou de madeira. Por vezes, os espigões eram substituídos por lanças.” É esta a explicação avançada pela generosa Wikipedia para o nome da banda francesa constituída por Thomas Bonvalet (guitarra) e Vincent Beysselance (bateria). A banda de Bordéus surgiu em 1998, editou dois discos e encerrou atividade em 2005.

Agora, a dupla volta a dar sinais de vida pela reedição do seu disco de estreia, homónimo, através label nova-iorquina Computer Students (um álbum originalmente editado no ano 2000). Desde logo, esta reedição destaca-se pela originalidade dos formatos físicos: cassete e um luxuoso duplo vinil embrulhado numa bolsa de alumínio. A música dos Cheval de Frise enquadra-se naquilo que é geralmente designado de “math rock”, uma música instrumental marcada por melodias angulares, originalidade rítmica e quebras de tempo.

Se esta música teve o seu período áureo em paralelo com o pós-rock, entre a segunda metade dos anos ’90 e o início do século XX, atualmente continua a soar interessante. A guitarra de Thomas Bonvalet e a bateria de Vincent Beysselance unem-se para criar um universo sonoro peculiar, com padrões que nos envolvem, mas que vão sendo depois desconstruídos. Esta é uma música que não ficou cristalizada no tempo: em 2022 continua a seduzir e está sempre a surpreender os nossos ouvidos. Em boa hora nos chega esta reedição, para ser recordada os ouvintes originais e para poder chegar a novos ouvintes.

Disco: “NoMad Nenúfar” de Bernardo Tinoco & Tom Maciel

Bernardo Tinoco & Tom Maciel
“NoMad Nenúfar”
(Clean Feed, 2022)

O saxofonista Bernardo Tinoco e o pianista Tom Maciel propuseram-se a sair das suas zonas de conforto. Convidaram ainda o baterista João Lopes Pereira, que participa em alguns temas. Nesta nova edição da Clean Feed, o duo (às vezes transformado em trio) revela uma música profundamente original.

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