A Casa de Pedra, no Parque da Bela Vista em Lisboa, está a acolher concertos de jazz todas as quartas-feiras. No próximo dia 6 de Outubro actua o Out of the Blue Jazz Trio, uma formação que trabalha música original e reúne três jovens talentos nacionais: Bernardo Tinoco no saxofone, Zé Almeida no contrabaixo e Samuel Dias na bateria. O concerto arranca às 19h30.
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Música. A melhor celebração que lhe podemos fazer é ouvi-la: ao vivo ou gravada, em vinil ou streaming, música nova ou antiga, jazz ou não jazz, portuguesa ou estrangeira, mainstream ou alternativa. Celebremos, ouçamo-la.
João Pedro Brandão (Fotografia: Vera Marmelo / Fundação Calouste Gulbenkian)
Paredes de Coura vai acolher mais um fim-de-semana do Ciclo de Polinização, evento que decorre ao longo de nove fins-de-semana dedicados à música jazz, tradicional e clássica. O fim-de-semana de 8 a 10 de Outubro será dedicado ao jazz, com programação em parceria com a Associação Porta-Jazz. No dia 8 actua o trio Puzzle 3, composto por Pedro Neves, João Paulo Rosado e Miguel Sampaio, no Largo Visconde de Mozelos às 21h30, apresentando o seu primeiro disco, D. No sábado, às 10h30, a Caixa de Música acolhe uma sessão da Locomotiva, uma oficina de jazz, ritmo e improvisação assegurada pela Porta-Jazz, com tutoria de André B. Silva; no mesmo sábado, às 21h30, no Largo Visconde de Mozelos, de João Pedro Brandão a apresentar o disco Trama no Navio. O fim-de-semana fecha no Museu Regional de Paredes de Coura com um concerto no domingo, dia 10, às 17h30, do quarteto de Miguel Ângelo, em apresentação do disco Dança dos Desastrados. Este ciclo de concertos e atividades culturais é uma iniciativa do Município de Paredes de Coura, em parceria com a Associação Cultural LANDRA e a Associação Porta-Jazz. A programação desde ciclo pode ser consultada online.
O Hot Clube de Portugal vai acolher, até 31 de Dezembro, a exposição O Jazz na Banda Desenhada. A exposição será inaugurada hoje, dia 16 de Setembro, às 18h00 – entrada gratuita, sujeita à lotação da sala. Segue-se um concerto com o trio NoA (Nuno Costa, Óscar Graça e André Sousa Machado) – bilhetes a 10€ para o público em geral, 5€ para sócios HCP. A exposição tem curadoria do crítico de jazz Leonel Santos e estará aberta nos dias dos concertos no Hot Clube. Aqui fica o texto de apresentação.
“Todos os amantes do jazz viram o Cotton Club de Francis Ford Coppola, o Bird de Clint Eastwood ou o Round Midnight de Bertrand Tavernier. Da mesma forma eles sabem que o jazz atravessa o On The Road de Jack Kerouac e Charlie Parker é o protagonista de O Perseguidor de Julio Cortazar. O que menos saberão é que alguns dos mais talentosos autores de BD eram também amantes de jazz e levaram o jazz para as suas histórias. Will Eisner, autor de Spirit, desenhou histórias com jazz nos anos 40, mas também Guido Crepax das histórias eróticas de Valentina desenhou o jazz do Harlem e Sergio Toppi das histórias fantásticas das Mil e Uma Noites desenhou o blues. Também os cartunistas Cabu e Siné e os autores underground Robert Crumb e Harvey Pekar eram apaixonados pelo jazz e levaram o jazz para as suas pranchas. E é isso que se pode encontrar na exposição O Jazz na Banda Desenhada: o bebop e o blues, Thelonious Monk, Billie Holiday e Charlie Parker, Nova York e Harlem, o humor e os cartoons do jazz; em histórias e ilustrações assinados por mais de trinta notáveis autores.”
O guitarrista Pedro Branco vai apresentar um novo projecto musical, Branco toca Marco Paulo. Guitarrista e compositor, Branco tem desenvolvido parcerias com João Lencastre (Eel Slap!) João Sousa (Old Mountain) e João Hasselberg (Dancing Our Way to DeatheFrom Order to Chaos), além de actuar com You Can’t Win, Charlie Brown, Tiago Bettencourt, Marinho, Nádia Schilling, PS Lucas e Narciso, entre outras parcerias e colaborações. Este novo projecto de Pedro Branco, que propõe uma reinterpretação jazzística de músicas de Marco Paulo, será estreado no festival Roda Music, na próxima quinta-feira, 16 de Setembro, no Salão Brazil em Coimbra.
O guitarrista apresenta este projecto: “O projecto Branco toca Marco Paulo surgiu em conversa com o Tiago Bettencourt, que me mostrou o tema “Lutar é Viver” do disco Ver e Amar de 1970. A primeira coisa que me agarrou foram as qualidades dos arranjos e a estética das canções, com orquestrações com bom gosto e uma identidade muito própria da época. As canções agarraram-me tanto que achei que seria uma boa ideia transpô-las para um formato trio de jazz com uma sonoridade actual, sem perder a identidade das estruturas e das canções em si. Comecei a trabalhar as canções em trio com o baterista João Sousa e o contrabaixista Carlos Barretto e a fazer os arranjos em tempo real nos ensaios. Para a estreia do projecto ao vivo no Festival Roda de dia 16 achei que faria sentido juntar ao alinhamento algumas das canções mais conhecidas, por isso o alinhamento será um misto do disco Ver e Amar com alguns hits. Com muita sorte, vou contar com a presença do meu companheiro de longa data João Hasselberg no contrabaixo e o baterista João Sousa.”
No ano de 2017 o compositor e baterista Pedro Melo Alves apresentou o disco de estreia do seu Omniae Ensemble, projecto vencedor do Prémio de Composição Bernardo Sassetti. Agora, Melo Alves regressa a este projecto ambicioso, voltando a apresentar música complexa e arrojada que cruza os universos do jazz, da clássica e da improvisação. Esta formação foi agora alargada, transformando-se num ensemble de 22 músicos. A acompanhar Melo Alves estão: Pedro Carneiro (direção), José Diogo Martins (piano) Mané Fernandes (guitarra), Pablo Patiño Moledo (contrabaixo), Clara Saleiro (flautas), João Pedro Brandão (sax alto e flauta), Yedo Gibson (flauta, sax alto e clarinete), José Soares (sax alto), Albert Cirera (sax tenor e soprano), Frederic Cardoso (clarinete), Álvaro Machado (fagote), Gileno Santana (trompete), Xavier Sousa (trombone), Carlo Mascolo (trombone), Fábio Rodrigues (tuba), Luís Martins (guitarra acústica), Luís André Ferreira (violoncelo), Alvaro Rosso (contrabaixo), Mariana Dionísio (voz), Nazaré da Silva (voz), João Neves (voz), Diogo Ferreira (voz), João Miguel Braga Simões (percussão) e João Carlos Pinto (eletrónica).
O novo álbum Lumina, editado pela Clean Feed, será apresentado ao vivo a 15 de Outubro na Culturgest em Lisboa (com transmissão em direto pela Antena 2); a 20 de Outubro na Casa da Música do Porto; e a 21 de Outubro no Teatrão de Coimbra, no festival Jazz Ao Centro.
Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva (Fotografia: Manuel Chagas)
Depois de inicialmente adiado, o Ciclo Música no Jardim vai finalmente acontecer, nos dias 17, 18 e 19 de Setembro, no Jardim da Quinta de Santa Clara, em Lisboa (Ameixoeira). Este ciclo de concertos, que resulta de uma iniciativa da Junta de Freguesia de Santa Clara e da produtora Clave na Mão, apresenta concertos com particular ênfase no jazz. O ciclo arranca no dia 17, sexta-feira, com as Cantigas de Maio de Bernardo Moreira (18h). No dia seguinte, sábado 18, acontecem dois concertos para famílias: os espectáculos O Jazz é Fixe! (11h) e Até Cantar dá Trabalho (16h); nesse sábado, actua ainda o duo Cristina Branco & João Paulo Esteves da Silva (18h). No dia seguinte, domingo, actua o projecto Segue-me à Capela (17h). A entrada é livre, mediante reserva de bilhetes através do e-mail geral@jf-santaclara.pt.
O contrabaixista Hernâni Faustino acaba de editar um novo disco, o seu primeiro registo a solo: Twelve Bass Tunes. Faustino é um dos mais activos membros da cena improvisada nacional, membro de formações como o RED Trio (com Rodrigo Pinheiro e Gabriel Ferrandini), No Nation Trio (com Jorge Nuno e João Valinho), STAUB Quartet, Vitor Rua & The Metaphysical Angels, Rodrigo Amado Wire Quartet, Uivo Zebra, Volúpias (de Gabriel Ferrandini) e Nau Quartet (de José Lencastre), além de colaborações com músicos internacionais como Lotte Anker, Nobuyasu Furuya ou Jon Irabagon. Faustino é também um dos fundadores da editora Phonogram Unit, selo pelo qual publica este seu novo trabalho. Assinalando a edição deste álbum, Hernâni Faustino vai apresentar-se ao vivo, em formato solo, na Galeria ZDB, em Lisboa, no dia 29 de Setembro (bilhetes já disponíveis).
O Espaço Espelho d’Água, em Lisboa, continua a apresentar regularmente propostas de jazz ao vivo e em Setembro vai acolher mais dois concertos: Stillness in Time (dia 11, 19h) e The Peace of Wild Things (dia 26, 19h). O álbum Stillness in Time resulta do encontro de Desidério Lázaro (saxofone) com Daniel Bernardes (piano), com o duo a interpretar composições originais de Lázaro inspiradas pelo confinamento. The Peace of Wild Things é um grupo que reúne três talentos da nova geração nacional: Clara Lacerda (piano), Romeu Tristão (contrabaixo) e Ricardo Coelho (percussões). O trio tem o objetivo de homenagear espirituais americanos, partindo da inspiração do álbum Come Sunday, de Hank Jones e Charlie Haden. Os bilhetes podem ser adquiridos no local no próprio dia ou previamente através do e-mail info@espacoespelhodeagua.com.
O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra vai acolher o espectáculo JazzNãoJazzPT, no dia 2 de Outubro. Este concerto vai contar com a participação de músicos oriundos de quatro projectos nacionais que trabalham nas margens do jazz: Azar Azar, Bardino, Mazarin e Yakuza. Esta iniciativa surgiu na sequência de um artigo de Rui Miguel Abreu publicado no site Rimas & Batidas – JazzNãoJazzPT: há uma nova geração de músicos interessada em levar o jazz para o futuro – e resulta de uma curadoria partilhada entre os músicos da banda Bardino e Rui Miguel Abreu.
Segundo a organização, o JazzNãoJazzPT “pretende fomentar o desenvolvimento de criação artística, intercâmbio criativo, potenciando a relação de proximidade entre músicos e técnicos envolvidos com vista à apresentação do resultado final, um espetáculo ao vivo num casamento bucólico do JazzNãoJazzPT, o Jardim Botânico de Coimbra e o público.” O evento pretende “criar sinergias entre artistas, público e agentes culturais nacionais, essenciais para o desenvolvimento futuro de projetos artísticos sustentáveis. Pretende contrapor a realidade a que todos os músicos foram confiados com a pandemia e que não possibilitou a devida promoção dos álbuns lançados pelos mesmos em 2020. Uma nova abordagem e liberdade em comunhão com a natureza contrariando a não comunicação que outrora teimosamente existiu entre os géneros musicais juntando uma nova geração de músicos interessada em levar a música para o futuro.”
O JazzNãoJazzPT terá lugar no dia 2 de Outubro, às 16h30m, no interior do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, com número limitado de espetadores, sendo de livre acesso após levantamento prévio de bilhetes.