GUME e Marcelo dos Reis ao vivo na ZDB

Esta quinta-feira, dia 4 de Novembro, a Galeria ZDB acolhe uma dose dupla de concertos, com GUME e Marcelo dos Reis. Os GUME, que editaram em 2017 o seu registo de estreia Pedra Papel, juntam em palco Yaw Tembe (trompete e voz), Sebastião Bergmann (bateria), André David (guitarra), Pedro Monteiro (contrabaixo) e David Menezes (percussão). Na mesma noite actua também Marcelo dos Reis, guitarrista e improvisador, que vai apresentar ao vivo o seu novo disco, Glaciar, editado em Junho deste ano na nova editora Miria Records. Entre o jazz afro-futurista dos GUME e a exploração de guitarra a solo de Marcelo dos Reis, antevê-se uma noite assente na improvisação. O início está marcado para as 22h00 e os bilhetes têm o preço de 8€.

Hot Clube acolhe ciclo de “jazz no feminino”

Clara Lacerda, Romeu Tristão e Marta Garrett

O Hot Clube de Portugal, em Lisboa, vai acolher em Novembro a segunda edição do ciclo “RESPECT – Uma homenagem ao Jazz no Feminino”. Com programação de Joana Machado, este ciclo apresenta atuações de projectos originais de cantoras e instrumentistas contemporâneas portuguesas (Inóspita, À Espera do Futuro, Canto das Sereias e Gingko) e revisões/homenagens de obras de mulheres compositoras (Mary Lou Williams, Alice Coltrane, Jeanne Lee e Betty Carter). Aqui fica a programação completa do ciclo.

5 Nov. | A música de Mary Lou Williams
(João Pedro Coelho, Gonçalo Naia e André Sousa Machado )

6 Nov. | Inóspita
(Inês Matos)

12 Nov. | Alice, Coltrane é mulher
(Margarida Campelo, João Hasselberg e João Pereira)

13 Nov. | À Espera do Futuro
(Beatriz Nunes, Paula Sousa e André Rosinha)

19 Nov. | For Jeanne Lee
(Leonor Arnaut, Yaw Tembe e Helena Espvall)

20 Nov. | Canto das Sereias
(Joana Alhau, Teresinha Sarmento, Yudit Almeida, Catarina Rodrigues e Gonçalo Ribeiro )

26 Nov. | A música de Betty Carter
(Marta Garrett, Clara Lacerda e Romeu Tristão)

27 Nov. | Nazaré da Silva Gingko
(Nazaré da Silva, João Almeida, Bernardo Tinoco, Zé Almeida e Samuel Dias)

Ben Monder Trio vai à Penha

O trio de Ben Monder vai actuar no espaço cultural Penha sco, na Penha de França em Lisboa. Numa iniciativa promovida pela Robalo, o grupo que junta Ben Monder (guitarra), Tony Malaby (saxofone) e Tom Rainey (bateria) vai apresentar-se ao vivo no dia 14 de novembro, domingo. O trio irá actuar em duas sessões, às 17h00 e às 19h00. Os bilhetes têm o preço de 10€; com desconto, 7€, para estudantes e profissionais de música. O Penha sco fica localizado na Rua Neves Ferreira 10-A, em Lisboa, e os bilhetes podem ser reservados através do email info@robalomusic.com.

Jazz regressa à Marinha Grande

Mano a Mano (Fotografia: Joana Linda)

A 7.ª edição do Festival de Jazz da Marinha Grande realiza-se entre os dias 5 e 13 de Novembro. O programa inclui actuações de quatro projectos: no dia 5 actua o projecto LAB de Ricardo Pinheiro e Miguel Amado; no dia 6 toca o trio de Paulo Bandeira (com João Paulo Esteves da Silva e Bernardo Moreira); no dia 12 actua a dupla Mano a Mano, de André e Bruno Santos; e o festival fecha com o quinteto de Ricardo Formoso, a interpretar o disco Implosão. Todos os concertos terão lugar na Casa da Cultura – Teatro Stephens, na Marinha Grande.

Que Jazz É Este? promove ciclo de residências e concertos

Nazaré da Silva (Fotografia: Ana Frias)

A Gira Sol Azul promove, de outubro de 2021 a maio de 2022, em Viseu, um ciclo de residências artísticas e concertos sob o carimbo Que Jazz É Este?. Este ciclo realiza-se de outubro de 2021 a maio de 2022, em Viseu, e integra oito actividades: três residências artísticas que cruzam músicos de diferentes gerações e irão resultar na apresentação de três concertos; dois concertos com foco na criação de contextos de profissionalização de jovens músicos; e três concertos programados em parceria com carimbos discográficos nacionais. 

A programação deste ciclo arrancou a 13 de outubro no Museu Nacional Grão Vasco com o concerto resultante da residência do projecto Antídoto, do baterista Miguel Rodrigues com José Soares no saxofone, André Matos na guitarra e Demian Cabaud no contrabaixo. A 24 de novembro, a cantora Nazaré da Silva apresenta o seu disco Gingko no Carmo’81. No dia 23 de dezembro, o Teatro Viriato acolhe a Gira Big Band com a convidada Elisa Rodrigues – todos os concertos começam às 21h30. A entrada é livre, sendo sugerido o donativo de 3€, e as reservas devem ser efectuadas no site www.quejazzeeste.com.

Ao vivo: O jazz tem voz! 2021

Nascido em plena pandemia, o festival O jazz tem voz! revelou-se um sucesso logo nessa primeira edição em outubro de 2020. Neste ano de 2021, o festival organizado pela promotora Clave na Mão repetiu a fórmula, apresentando um programa com nomes fundamentais do jazz nacional na zona da Graça, em Lisboa. Nos dias 9 e 10 de outubro o festival levou concertos ao Largo de Santa Marinha, na parte da tarde: no dia 9 actuou o Pedro Moreira Sax Ensemble, com o disco Two Maybe More, recentemente editado; no dia 10 tocou o trio de Beatriz Nunes, Paula Sousa e André Rosinha, apresentando o álbum À Espera do Futuro (espetáculos que não tivemos oportunidade de assistir).

Já no segundo fim-de-semana, nos dias 15, 16 e 17 o festival mudou-se para A Voz do Operário. Na noite de sexta-feira actuou a Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM) com o convidado João Paulo Esteves da Silva. A orquestra gravou com o pianista o disco Bela Senão Sem, que foi editado originalmente em 2013 (e considerado um dos melhores desse ano para o jornal Público). Agora reeditado, o registo conta com a inclusão de três temas extra, três gravações de João Paulo a solo. N’A Voz do Operário a orquestra arrancou a actuação com o tema “Candeia” (que foi mesmo à frente): desde logo a OJM mostrou a sua enorme qualidade, organização, dinâmica e vibrante pujança colectiva; e ainda deixou espaço para o piano do convidado brilhar. Ao segundo tema, o convidado João Paulo mudou de instrumento, serviu-se do acordeão para interpretar o tema que dá nome ao disco. Seguiu-se “Moché Salyo de Misraim”, tradicional serfadita com arranjos de Esteves da Silva, espécie de hino épico que, com a força da orquestra, vê ampliada a sua gradiosidade religiosa. Destaque ainda para “Canção açoreana” (original do pianista, com espírito das “Ilhas de Bruma”), “Fantasmas” (enérgica improvisação colectiva) e “Certeza” (original de Esteves da Silva, apresentada por Pedro Guedes como “um standard do jazz português”, a fechar o concerto). Da formação da OJM que actuou n’A Voz faziam parte nomes grandes da cena jazz portuense, como João Pedro Coelho, João Guimarães e Mário Santos (saxofones), Ricardo Formoso (trompete), Nuno Ferreira (guitarra), Marcos Cavaleiro (bateria) e um estreante Filipe Louro (dos The Rite of Trio, que acabam de lançar novo disco).

O dia de sábado arrancou com a actuação da Orquestra Gerajazz (às 11h00); à noite, A Voz do Operário acolheu um reencontro há muito aguardado: o trio de Mário Laginha voltou a juntar-se em palco com a cantora Maria João, após vários anos sem colaborarem. O público percebeu a dimensão do evento e respondeu à chamada, esgotando os bilhetes. O concerto arrancou apenas em trio, com Laginha (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria) a exibirem o seu altíssimo nível técnico. De seguida a cantora subiu ao palco. Apenas em duo, Mário Laginha e Maria João trataram de interpretar um dos temas mais simbólicos e do seu vasto repertório: “Parrots and Lions”. O piano desenhava as linhas melódicas e a voz, primeiro distante, fazia crescer a canção. O espectáculo atravessou diferentes momentos da história Laginha/João e não faltaram temas como “Há gente aqui”, “Sete facadas”, “A lua partida ao meio” ou “Sweet suite”. O piano de Laginha mostrou o seu brilhantismo, contrabaixo e bateria mostraram a sua precisão; e a voz de Maria João voltou a brilhar a grande altura, exibindo-se, a cantar com e sem palavras, no scat, no vocalese, em múltiplos registos, a improvisar, a desconcertar. Perante um público que já estava conquistado à partida, o quarteto tratou apenas de fazer o que lhe competia – dar vida a músicas que já fazem parte de um património colectivo – cumprindo com a mestria habitual. No final ficou apenas a faltar “Beatriz”, a magnífica versão que se qualifica para suplantar o original – ainda foi pedida por várias pessoas, para o encore, mas os músicos não acederam.  

Na manhã de domingo o festival promoveu uma actuação do Isabel Rato Quinteto – concerto comentado para famílias. O festival fechou no final da tarde de domingo com a actuação do projecto Duplex, de Ricardo Toscano e João Barradas. Toscano (saxofone alto) e Barradas (acordeão) são dois jovens valores da cena jazz nacional, músicos virtuosos que se destacaram desde muito cedo. Em 2017 apresentaram-se em quarteto no Festival Antena 2 acompanhados por André Rosinha (contrabaixo) e João Pereira (bateria), a interpretarem exclusivamente standards jazz. Em 2020, Toscano e Barradas estrearam este projecto em duo, saxofone e acordeão em diálogo, trabalhando sobretudo composições originais. O saxofone alto de Toscano exibe a sua agilidade, o acordeão (sobretudo o tradicional, mas também o acordeão midi) de Barradas mostra a sua versatilidade. Ao longo de cada composição, saxofone e acordeão discursam, criam ambientes, lançam ideias e entrelaçam as vozes. Além das composições originais (de Toscano e Barradas, alternadas), a dupla atacou dois standards: “Well you needn’t” (de Monk) e “If I should lose you”. Foi precisamente neste último que a dupla revelou mais entrosamento: saxofone e acordeão mostraram-se perfeitos, revelando não apenas na sua primorosa qualidade técnica mas também num perfeito diálogo e interação.

Em 2020 o nascimento deste festival O jazz tem voz! revelou-se como uma luz de esperança para um sector cultural fragilizado, particularmente para o universo precário do jazz nacional. A solidez desta segunda edição, focada em dar palco a músicos portugueses, confirmou a pertinência e relevância do festival.

Vem aí o festival Jazz ao Centro

Luís Figueiredo (Fotografia: Márcia Lessa)

Vem aí a 19.ª edição do Festival Jazz ao Centro – Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra. O festival promovido pelo Jazz ao Centro Clube em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra decorre de 21 a 30 de Outubro e apresenta um total de 11 concertos e um cine-concerto dirigido ao público jovem. As atividades terão lugar em seis espaços da cidade de Coimbra e contam com a participação de mais de cem músicos. O programa revela uma forte aposta nos músicos e projectos nacionais: Pedro Melo Alves’ Omniae Large Ensemble (a apresentar o novo disco Lumina), Humanization Quartet (a adiada apresentação de Believe, Believe), Mondego: Ensemble Jazz Ao Centro (com João Mortágua, José Soares, Guilherme Fradinho, Ricardo Formoso, Pedro Jerónimo, Andreia Santos, João Cação e Miguel Fernández), Cíntia (pré-apresentação do disco Sítio, edição Cena Jovem jazz.pt), Luís Figueiredo Trio + Coro Coimbra Vocal (em estreia absoluta), João Camões com Jean-Marc Foussat e Jean-Luc Capozzo (a apresentar Autres Paysages, disco de 2018), LUME (com o novíssimo disco Las Californias). No programa destaca-se ainda a parceria com o festival norueguês All Ears, e neste âmbito irão realizar-se quatro concertos, envolvendo os músicos Andreas Wildhagen, Joana Sá, Henriette Eilertsen, Maria do Mar, Joel Ring, Marcelo dos Reis e Yaw Tembe. Aqui fica o programa completo do festival.

21 Out, 21h30 
Pedro Melo Alves’ Omniae Large Ensemble
Teatrão

22 Out, 10h00 (Escolas / instituições)
Cine-concerto: As Aventuras do Príncipe Achmed – Musicado por Space Ensemble
Blackbox do Convento de São Francisco 

22 Out, 21h30
Humanization Quartet 
Grémio Operário de Coimbra

22 Out, 23h00
Mondego: Ensemble Jazz Ao Centro
Salão Brazil

23 Out, 16h00 (Famílias e público em geral)
Cine-concerto: As Aventuras do Príncipe Achmed – Musicado por Space Ensemble
Blackbox do Convento de São Francisco 

23 Out, 21h30
Jean-Marc Foussat / João Camões / Jean-Luc Capozzo
Antiga Igreja do Convento de São Francisco

23 Out, 23h00
Cíntia
Salão Brazil

24 Out, 18h00
Luís Figueiredo Trio + Coro Coimbra Vocal 
Grande Auditório do Convento de São Francisco 

29 Out, 18h30
Joana Sá / Henriette Eilertsen / Maria do Mar (All Ears On Jazz Ao Centro)
Teatro Nacional Machado De Castro

29 Out, 21h30
LUME – Lisbon Underground Music Ensemble 

Teatro Académico Gil Vicente

29 Out, 23h00
Joana Sá / Yaw Tembe / Henriette Eilertsen / Joel Ring / Marcelo dos Reis / Maria do Mar / Andreas Wildhagen (All Ears On Jazz Ao Centro)
Salão Brazil

30 Out, 18h00
Marcelo dos Reis / Joel Ring / Yaw Tembe / Andreas Wildhagen (All Ears On Jazz Ao Centro)
Grémio Operário de Coimbra

30 Out, 22h00
Joana Sá / Yaw Tembe / Henriette Eilertsen / Joel Ring / Marcelo dos Reis / Maria do Mar / Andreas Wildhagen (All Ears On Jazz Ao Centro)
Salão Brazil

O Clubedo está de regresso

Duot

Vem aí uma nova edição do Clubedo, mini-circuito de concertos jazz por locais míticos da música ao vivo no Porto. Iniciativa da sempre activa Associação Porta-Jazz, este ciclo apresenta um total de dez concertos, entre Outubro e Novembro, em diferentes locais da cidade do Porto. Pelo Clubedo vão passar propostas musicais diversas, como o duo de Pedro Melo Alves e Julius Gabriel, a dupla espanhola Duot (de Albert Cirera e Ramon Prats), o saxofonista João Mortágua a solo (projecto Holi), o guitarrista AP liderando um quarteto ou o Ensemble Colores (com Hery Paz, Luis Nacht e Sergio Wagner), entre outros. Aqui fica a agenda completa.

12 Out, 20:30 | Maus Hábitos | Pedro Melo Alves + Julius Gabriel

13 Out, 21:30 | FEUP | WIZ 

16 Out, 19:00 | MIRA | DUOT (Albert Cirera, Ramon Prats)

19 Out, 20:30 | Maus Hábitos | This is Water

23 Out, 21:30 | Passos Manuel | João Mortágua Holi

26 Out, 20:30 | Maus Hábitos | Daniel Sousa + Afonso Silva

31 Out, 19:00 | M.ou.Co | Scketch Route

2 Nov, 20:30 | Maus Hábitos | Filipe Louro + José Soares

7 Nov, 21:30 | Hot Five | AP Quartet

9 Nov, 20:30 | Maus Hábitos | Ensemble Colores (feat. Hery Paz, Luis Nacht, Sergio Wagner)

O Jazz tem Voz: vem aí a segunda edição

Ricardo Toscano e João Barradas

Depois de uma bem sucedida primeira edição, o festival O Jazz tem Voz! está de regresso, entre os dias 9 e 17 de Outubro. Os concertos terão lugar nos mesmos palcos do ano passado, no Largo de Santa Marinha e n’A Voz do Operário, em Lisboa. No primeiro fim-de-semana, no Largo de Santa Marinha, actuam o Pedro Moreira Sax Ensemble (dia 9, 17h) e o trio Beatriz Nunes / Paula Sousa / André Rosinha (dia 10, 17h). No segundo fim-de-semana, n’A Voz do Operário, actuam a Orquestra Jazz de Matosinhos com João Paulo Esteves da Silva (dia 15, 21h), Orquestra Gerajazz (dia 16, 11h), Mário Laginha Trio convida Maria João (dia 16, 21h), Isabel Rato Quinteto (dia 17, 11h) e o duo Duplex de João Barradas e Ricardo Toscano (dia 17, 18h). O festival O Jazz tem Voz! surgiu pela mão da produtora Clave na Mão e conta com a parceria d’A Voz do Operário. Os bilhetes para os concertos n’A Voz do Operário estão disponíveis na Ticketline; os concertos dos dias 9 e 10, no Largo de Santa Marinha, ao ar livre, têm entrada livre.