A música ao vivo foi cancelada, os gigs foram adiados. Protejam-se e colaborem na prevenção. Sejam responsáveis, sigam as indicações da DGS, fiquem em casa, ouçam discos. A vida continua.
Jazz, improvisação e outras músicas por Nuno Catarino
A música ao vivo foi cancelada, os gigs foram adiados. Protejam-se e colaborem na prevenção. Sejam responsáveis, sigam as indicações da DGS, fiquem em casa, ouçam discos. A vida continua.
O Paulo Bandeira Trio vai apresentar-se ao vivo em Castro Verde. O grupo junta o líder baterista com o pianista João Paulo Esteves da Silva e o contrabaixista Bernardo Moreira. O concerto terá lugar no dia 13 de Março, às 21h30, no Cineteatro Municipal. Os bilhetes têm o preço único de 3€ e estão à venda no Posto de Turismo.
Estamos no fim de Janeiro e em Paris o dia está frio e nublado. Entre a zona boémia parisiense (o Crazy Horse ali ao lado) e a pacífica Montmartre de Amélie Poulain, chegámos ao local combinado para a entrevista. Começamos por falar com John Scofield (o histórico guitarrista) e John Medeski (o teclista do trio MMW), mas a meio da entrevista o baterista Billy Martin junta-se também à conversa. O motivo da entrevista, em tom bem-humorado, é o álbum que os reuniu em quarteto, Out Louder, editado em 2006.
Já tinham trabalhado juntos no disco A Go Go (1997), mas como é que surgiu a ideia de integrar John Scofield como membro permanente, criando um novo grupo “Medeski, Scofield, Martin & Wood”?
JM: Um dia acordámos e ele lá estava…
JS: E eu não me ia embora!…
JM: Desde que colaboramos naquele disco, tocámos juntos, cruzámo-nos em alguns festivais e começámos a falar em fazer mais coisas em conjunto. No ano passado surgiu essa oportunidade e pensámos que fazia mais sentido ter neste processo de criação do álbum uma colaboração mais intensa. Não queríamos fazer de novo um “A Go Go”, queríamos fazer algo diferente.
JS: E tentámos fazer coisas que não tínhamos feito no disco “A Go Go”, tentámos que fosse uma colaboração mais livre, daí resultando música mais livre também. Foi por isso que decidimos trabalhar neste disco.
Foi fácil para si, John Scofield, integrar-se neste grupo, já que eles tocam juntos há muito tempo?
JS: Sim. Eu adoro a maneira como eles tocam, por isso experimentámos tocar juntos e funcionou! Acho que é uma boa junção estilística…
JM: Muito natural…
JS: Eles adaptam-se a mim, eu adapto-mo a eles e acabamos por ficar todos um pouco diferentes, o que é bom! Continue reading “Memória | Entrevista: John Scofield & John Medeski”
O projecto Cantigas de Maio vai apresentar-se ao vivo durante este mês de Março. O grupo liderado por Bernardo Moreira (contrabaixo) completa-se com Ricardo J. Dias (piano), André Santos (guitarra) e João Neves (voz) e apresenta revisões jazzísticas de canções de intervenção de autores como José Afonso, José Mário Branco, Fausto ou Adriano Correia de Oliveira. O quarteto vai apresentar-se ao vivo em Coimbra (20 de Março, Salão Brazil), Almada (21 de Março, Fórum Romeu Correia) e Lisboa (22 de Março, Clube Ferroviário).
Joana Guerra [Fotografia: Nuno Martins]
O cantor Manuel Linhares e a violoncelista e cantora Joana Guerra vão apresentar-se ao vivo pela primeira vez no formato duo. A estreia desta formação terá lugar na Sala Provador do LAPO, em Lisboa, no dia 27 de Março. Nesta estreia, Linhares e Guerra vão trabalhar uma música assente na improvisação livre. O concerto tem início marcado para as 22h00 e os bilhetes já se encontram à venda.
Pedro Melo Alves [Fotografia: Nuno Martins]
Vai nascer um novo ciclo música contemporânea e improvisada no Porto. O ciclo Entropia, promovido pelo ermo do caos, tem curadoria de Inês Garrido e Pedro Melo Alves e propõe uma abordagem à música contemporânea com cruzamentos transdisciplinares. Segundo os promotores, este ciclo “surge da necessidade de mais espaços para a música exploratória, com convite aberto ao cruzamento com as artes visuais e performativas. Surge como uma plataforma do Porto em resposta à necessidade da renegociação das barreiras estéticas e disciplinares e do acolhimento das novas propostas frescas.”
A pré-inaugurar o ciclo realiza-se um evento no dia 8 de Março, com uma performance (Chatroulette 8.3 de Inês Garrido) e dois concertos: Nuno Trocado + Sérgio Tavares + Rodrigo Constanzo; e 2.9 OddGoats (Inês Pereira + João Almeida + João Carlos Pinto + Pedro Melo Alves). O ciclo terá lugar na Rua do Amparo 99, Porto, com donativo mínimo sugerido de 5€.
[Fotografia: Márcia Lessa]
O saxofonista e compositor César Cardoso vai editar um novo disco. Para este novo trabalho, intitulado Dice of Tenors, Cardoso juntou oito temas: seis standards celebrizados por alguns dos maiores saxofonistas tenores da história do jazz (Hank Mobley, Benny Golson, John Coltrane, Dexter Gordon, Sonny Rollins e Joe Henderson) e compôs dois temas originais. Nas palavras do saxofonista, este seu quarto disco na condição de líder “resulta da intenção de procurar novas abordagens, caminhos e ideias de composição e arranjo, através de uma formação alargada”. Esta nova formação é constituída por oito elementos e inclui nomes da cena internacional: além de Miguel Zenón (que já tinha participado no anterior disco Interchange), este novo grupo conta ainda com os músicos internacionais Jason Palmer no trompete e Massimo Morganti no trombone. A formação completa-se com quatro nomes fortes da cena nacional: Jeffery Davis no vibrafone, Óscar Graça no piano, Demian Cabaud no contrabaixo e Marcos Cavaleiro na bateria. César Cardoso publicou até ao momento três discos de música original (Half Step [2010], Bottom Shelf [2015] e Interchange [2018]), dois livros (Teoria do Jazz [2016] e Teoria do Jazz – Exercícios [2010]), é director da Orquestra Jazz de Leiria e foi um dos músicos entrevistados no livro Improvisando – a nova geração do jazz nacional.
Entrevista a Nuno Catarino, sobre o livro Improvisando – a nova geração do jazz português, no programa Filhos da Nação (RTP).
RTP Play: https://www.rtp.pt/programa/tv/p38149/e7