O Jazz na Banda Desenhada: Hot Clube acolhe exposição

O Hot Clube de Portugal vai acolher, até 31 de Dezembro, a exposição O Jazz na Banda Desenhada. A exposição será inaugurada hoje, dia 16 de Setembro, às 18h00 – entrada gratuita, sujeita à lotação da sala. Segue-se um concerto com o trio NoA (Nuno Costa, Óscar Graça e André Sousa Machado) – bilhetes a 10€ para o público em geral, 5€ para sócios HCP. A exposição tem curadoria do crítico de jazz Leonel Santos e estará aberta nos dias dos concertos no Hot Clube. Aqui fica o texto de apresentação.

“Todos os amantes do jazz viram o Cotton Club de Francis Ford Coppola, o Bird de Clint Eastwood ou o Round Midnight de Bertrand Tavernier. Da mesma forma eles sabem que o jazz atravessa o On The Road de Jack Kerouac e Charlie Parker é o protagonista de O Perseguidor de Julio Cortazar. O que menos saberão é que alguns dos mais talentosos autores de BD eram também amantes de jazz e levaram o jazz para as suas histórias. Will Eisner, autor de Spirit, desenhou histórias com jazz nos anos 40, mas também Guido Crepax das histórias eróticas de Valentina desenhou o jazz do Harlem e Sergio Toppi das histórias fantásticas das Mil e Uma Noites desenhou o blues. Também os cartunistas Cabu e Siné e os autores underground Robert Crumb e Harvey Pekar eram apaixonados pelo jazz e levaram o jazz para as suas pranchas. E é isso que se pode encontrar na exposição O Jazz na Banda Desenhada: o bebop e o blues, Thelonious Monk, Billie Holiday e Charlie Parker, Nova York e Harlem, o humor e os cartoons do jazz; em histórias e ilustrações assinados por mais de trinta notáveis autores.”

Branco toca Marco Paulo: guitarrista apresenta novo projecto

(Fotografia: Vera Marmelo)

O guitarrista Pedro Branco vai apresentar um novo projecto musical, Branco toca Marco Paulo. Guitarrista e compositor, Branco tem desenvolvido parcerias com João Lencastre (Eel Slap!) João Sousa (Old Mountain) e João Hasselberg (Dancing Our Way to Death e From Order to Chaos), além de actuar com You Can’t Win, Charlie Brown, Tiago Bettencourt, Marinho, Nádia Schilling, PS Lucas e Narciso, entre outras parcerias e colaborações. Este novo projecto de Pedro Branco, que propõe uma reinterpretação jazzística de músicas de Marco Paulo, será estreado no festival Roda Music, na próxima quinta-feira, 16 de Setembro, no Salão Brazil em Coimbra.

O guitarrista apresenta este projecto: “O projecto Branco toca Marco Paulo surgiu em conversa com o Tiago Bettencourt, que me mostrou o tema “Lutar é Viver” do disco Ver e Amar de 1970. A primeira coisa que me agarrou foram as qualidades dos arranjos e a estética das canções, com orquestrações com bom gosto e uma identidade muito própria da época. As canções agarraram-me tanto que achei que seria uma boa ideia transpô-las para um formato trio de jazz com uma sonoridade actual, sem perder a identidade das estruturas e das canções em si. Comecei a trabalhar as canções em trio com o baterista João Sousa e o contrabaixista Carlos Barretto e a fazer os arranjos em tempo real nos ensaios. Para a estreia do projecto ao vivo no Festival Roda de dia 16 achei que faria sentido juntar ao alinhamento algumas das canções mais conhecidas, por isso o alinhamento será um misto do disco Ver e Amar com alguns hits. Com muita sorte, vou contar com a presença do meu companheiro de longa data João Hasselberg no contrabaixo e o baterista João Sousa.”

Pedro Melo Alves lança novo disco com Omniae Large Ensemble

No ano de 2017 o compositor e baterista Pedro Melo Alves apresentou o disco de estreia do seu Omniae Ensemble, projecto vencedor do Prémio de Composição Bernardo Sassetti. Agora, Melo Alves regressa a este projecto ambicioso, voltando a apresentar música complexa e arrojada que cruza os universos do jazz, da clássica e da improvisação. Esta formação foi agora alargada, transformando-se num ensemble de 22 músicos. A acompanhar Melo Alves estão: Pedro Carneiro (direção), José Diogo Martins (piano) Mané Fernandes (guitarra), Pablo Patiño Moledo (contrabaixo), Clara Saleiro (flautas), João Pedro Brandão (sax alto e flauta), Yedo Gibson (flauta, sax alto e clarinete), José Soares (sax alto), Albert Cirera (sax tenor e soprano), Frederic Cardoso (clarinete), Álvaro Machado (fagote), Gileno Santana (trompete), Xavier Sousa (trombone), Carlo Mascolo (trombone), Fábio Rodrigues (tuba), Luís Martins (guitarra acústica), Luís André Ferreira (violoncelo), Alvaro Rosso (contrabaixo), Mariana Dionísio (voz), Nazaré da Silva (voz), João Neves (voz), Diogo Ferreira (voz), João Miguel Braga Simões (percussão) e João Carlos Pinto (eletrónica).

O novo álbum Lumina, editado pela Clean Feed, será apresentado ao vivo a 15 de Outubro na Culturgest em Lisboa (com transmissão em direto pela Antena 2); a 20 de Outubro na Casa da Música do Porto; e a 21 de Outubro no Teatrão de Coimbra, no festival Jazz Ao Centro.

Quinta de Santa Clara vai ter (finalmente) Música no Jardim

Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva (Fotografia: Manuel Chagas)

Depois de inicialmente adiado, o Ciclo Música no Jardim vai finalmente acontecer, nos dias 17, 18 e 19 de Setembro, no Jardim da Quinta de Santa Clara, em Lisboa (Ameixoeira). Este ciclo de concertos, que resulta de uma iniciativa da Junta de Freguesia de Santa Clara e da produtora Clave na Mão, apresenta concertos com particular ênfase no jazz. O ciclo arranca no dia 17, sexta-feira, com as Cantigas de Maio de Bernardo Moreira (18h). No dia seguinte, sábado 18, acontecem dois concertos para famílias: os espectáculos O Jazz é Fixe! (11h) e Até Cantar dá Trabalho (16h); nesse sábado, actua ainda o duo Cristina Branco & João Paulo Esteves da Silva (18h). No dia seguinte, domingo, actua o projecto Segue-me à Capela (17h). A entrada é livre, mediante reserva de bilhetes através do e-mail geral@jf-santaclara.pt.

Hernâni Faustino: novo disco a solo e concerto na ZDB

(Fotografia: Vera Marmelo)

O contrabaixista Hernâni Faustino acaba de editar um novo disco, o seu primeiro registo a solo: Twelve Bass Tunes. Faustino é um dos mais activos membros da cena improvisada nacional, membro de formações como o RED Trio (com Rodrigo Pinheiro e Gabriel Ferrandini), No Nation Trio (com Jorge Nuno e João Valinho), STAUB Quartet, Vitor Rua & The Metaphysical Angels, Rodrigo Amado Wire Quartet, Uivo Zebra, Volúpias (de Gabriel Ferrandini) e Nau Quartet (de José Lencastre), além de colaborações com músicos internacionais como Lotte Anker, Nobuyasu Furuya ou Jon Irabagon. Faustino é também um dos fundadores da editora Phonogram Unit, selo pelo qual publica este seu novo trabalho. Assinalando a edição deste álbum, Hernâni Faustino vai apresentar-se ao vivo, em formato solo, na Galeria ZDB, em Lisboa, no dia 29 de Setembro (bilhetes já disponíveis).

Há mais jazz no Espelho d’Água

Romeu Tristão, Clara Lacerda e Ricardo Coelho

O Espaço Espelho d’Água, em Lisboa, continua a apresentar regularmente propostas de jazz ao vivo e em Setembro vai acolher mais dois concertos: Stillness in Time (dia 11, 19h) e The Peace of Wild Things (dia 26, 19h). O álbum Stillness in Time resulta do encontro de Desidério Lázaro (saxofone) com Daniel Bernardes (piano), com o duo a interpretar composições originais de Lázaro inspiradas pelo confinamento. The Peace of Wild Things é um grupo que reúne três talentos da nova geração nacional: Clara Lacerda (piano), Romeu Tristão (contrabaixo) e Ricardo Coelho (percussões). O trio tem o objetivo de homenagear espirituais americanos, partindo da inspiração do álbum Come Sunday, de Hank Jones e Charlie Haden. Os bilhetes podem ser adquiridos no local no próprio dia ou previamente através do e-mail info@espacoespelhodeagua.com.

JazzNãoJazzPT ao vivo em Coimbra

Azar Azar

O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra vai acolher o espectáculo JazzNãoJazzPT, no dia 2 de Outubro. Este concerto vai contar com a participação de músicos oriundos de quatro projectos nacionais que trabalham nas margens do jazz: Azar Azar, Bardino, Mazarin e Yakuza. Esta iniciativa surgiu na sequência de um artigo de Rui Miguel Abreu publicado no site Rimas & Batidas – JazzNãoJazzPT: há uma nova geração de músicos interessada em levar o jazz para o futuro – e resulta de uma curadoria partilhada entre os músicos da banda Bardino e Rui Miguel Abreu.

Segundo a organização, o JazzNãoJazzPT “pretende fomentar o desenvolvimento de criação artística, intercâmbio criativo, potenciando a relação de proximidade entre músicos e técnicos envolvidos com vista à apresentação do resultado final, um espetáculo ao vivo num casamento bucólico do JazzNãoJazzPT, o Jardim Botânico de Coimbra e o público.” O evento pretende “criar sinergias entre artistas, público e agentes culturais nacionais, essenciais para o desenvolvimento futuro de projetos artísticos sustentáveis. Pretende contrapor a realidade a que todos os músicos foram confiados com a pandemia e que não possibilitou a devida promoção dos álbuns lançados pelos mesmos em 2020. Uma nova abordagem e liberdade em comunhão com a natureza contrariando a não comunicação que outrora teimosamente existiu entre os géneros musicais juntando uma nova geração de músicos interessada em levar a música para o futuro.”

O JazzNãoJazzPT terá lugar no dia 2 de Outubro, às 16h30m, no interior do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, com número limitado de espetadores, sendo de livre acesso após levantamento prévio de bilhetes.

LUME com disco novo e digressão

O grupo LUME (acrónimo para Lisbon Underground Music Ensemble) prepara-se para editar o seu terceiro disco de originais. O novo álbum, com o título Las Californias, será editado pela Clean Feed, com o apoio da Fundação GDA e da Antena 2. Segundo Marco Barroso, criador e diretor de LUME, este disco é “uma espécie de antídoto para o mundo em que hoje vivemos”. Esta nova música será estreada ao vivo a 2 de outubro no CCB em Lisboa, seguindo-se uma digressão que passa pelo Seixal Jazz, pela Casa da Música e pelo Festival Jazz ao Centro. Segundo Marco Barroso, criador e diretor do LUME, o álbum é “uma espécie de antídoto para o mundo em que hoje vivemos”. Em digressão, o ensemble será composto por Marco Barroso​ no piano, Manuel Luís Cochofel​ na flauta, Paulo Bernardino​ no clarinete soprano, João Pedro Silva​ no saxofone soprano, Tomás Marques​ no saxofone alto, Gonçalo Prazeres no saxofone tenor, Gabriela Figueiredo​ no saxofone barítono, Gileno Santana, João Silva e Ricardo Carvalho nos trompetes, Rúben da Luz, Eduardo Lála e Mário Vicente nos trombones, Miguel Amado​ no baixo elétrico e Vicky Marques​ na bateria. Aqui fica a agenda completa da digressão.

2 Out. | Centro Cultural de Belém, Lisboa 

14 Out. | Vilnius Jazz Festival, Lituânia

16 Out. | Seixal Jazz, Fórum Cultural do Seixal, Seixal

19 Out. | Outono em Jazz, Casa da Música, Porto 

22 Out. | Skopje Jazz Festival, Skopje, Macedónia

29 Out. | Festival Jazz Ao Centro, TAGV, Coimbra 

14 Out. | EFG London Jazz Festival, Londres, Reino Unido

Al-jiçç lançam novo disco

O quarteto Al-jiçç acaba de editar um novo disco. Chants é o quinto registo do quarteto que junta Nuno Damião (guitarra, teclados), Gonçalo Lopes (clarinete e clarinete baixo), Ricardo A. Freitas (baixo eléctrico) e Jorge Lopes Trigo (percussão). A banda apresenta este novo trabalho: “Foi composto e produzido durante a pandemia, com os músicos a gravarem individualmente as suas partes. A música partiu de seis temas compostos em piano, que serviram de base harmónica para as improvisações. Estas improvisações foram editadas e manipuladas, tendo a fase da mistura e pós-produção um papel fundamental na construção do disco. Mantendo as melodias de inspiração mediterrânica como marca, em Chants estas foram fundidas num universo influenciado pela fase elétrica de Miles Davis com Teo Macero (em “Route”), pelo Dub ( em “Zadar”) ou a electrónica mais ambiental ( em “Lost Sign”). Este disco representa uma nova fase de Al-Jiçç, utilizando o lado melódico como ponto de partida para universos mais electrónicos e contemporâneos.” O disco já está disponível online e o CD físico será disponibilizado para venda em Outubro.

Aqui está a nova temporada do Ciclo Entropia

Marcos Cavaleiro

O Ermo do Caos apresenta a segunda temporada do Ciclo Entropia, com curadoria de Pedro Melo Alves. O baterista e compositor apresenta um ciclo de “música exploratória, não-conformista, aberta à possibilidade”. Para esta temporada estão reunidos 17 concertos em 12 datas, com música contemporânea, experimental, eletrónica e improvisada. Pedro Melo Alves apresenta o programa: “Algumas são propostas inéditas, que surgem de desafios lançados aos músicosm de propósito para este ciclo, como é o caso dos solos do João Grilo, Sofia Sá, Mané Fernandes e do Marcos Cavaleiro (de assinalar que será o primeiro solo do Marcos, na sua longa e brilhante carreira como líder e sideman) e do dueto de Venus Paradise com Diamantino Rolha e do dueto de João Miguel Braga Simões (Drumming GP, Panda Trash Collective) com Igor C. Silva.”

O Ermo do Caos fica situado na Rua do Amparo 99, no Porto, tem lotação limitada e as reservas devem ser feitas para o endereço info@ocaos.eu. Esta nova temporada do Ciclo Entropia arrancou no passado dia 5 de Setembro, com a actuação de Fashion Eternal, de Bruno Aires e João Valinho, e vai agora apresentar espectáculos até Dezembro. Aqui fica a agenda completa.

5 Set. | 19h | Fashion Eternal – Bruno Aires e João Valinho

19 Set. | 18h | João Grilo solo + Sofia Sá solo

26 Set. | 19h | Coletivo Breathe! – Inês Luzio e Beatriz Mendes

2 Out. | 18h | ËMŒN – João Alves, Gil Silva, Hugo Ferreira, Miguel Meirinhos, Pedro Molina

17 Out. | 19h | 293diagonal – Daniel Sousa e Joana Raquel

31 Out. | 18h | Venus Paradise ft. Diamantino Rolha + Peak Bleak – António M. Silva e Bruno Aires

14 Nov. | 18h | Hery Paz / João Grilo / Marcos Cavaleiro

21 Nov. | 18h | Divergent Fractals + Eurico Costa / João Guimarães / Marcos Cavaleiro

28 Nov. | 19h | João Miguel Braga Simões / Igor C Silva

05 Dez. | 19h | Clara Saleiro & Mariana Dionísio

10 Dez. | 18h | Arubu Avua + Samuel Gapp & Max Diller

12 Dez. | 18h | Mané Fernandes solo + Marcos Cavaleiro solo