Ao vivo: Jazz im Goethe-Garten 2019

[Fotografia: Vera Marmelo / Goethe-Institut]

A comemoração dos 15 anos do festival promovido pelo Goethe Institut em Lisboa fez-se na primeira metade de Julho com música europeia de elevada qualidade. O arranque fez-se com os portugueses Cat in a Bag e o fecho com os alemães Philm, dois dos pontos altos da edição. (…)

Reportagem de Gonçalo Falcão e Nuno Catarino.

Artigo completo no site Jazz.pt:
https://jazz.pt/report/2019/07/15/um-jig-gante-em-andamento/

Disco: “The Clifton Bridge Landscapes” de Krake

Krake
“The Clifton Bridge Landscapes”

(Edição de autor, 2019)

Pedro Oliveira, baterista e percussionista, é um músico de interesses diversos e horizontes vastos. É membro das bandas Dear Telephone (indie/pop alternativa sofisticada), peixe:avião (rock alternativo), Green Machine (garage rock) e OZO (experimental, ouça-se o disco A Kind of Zo), além de colaborações com o grupo de percussão Drumming, Old Jerusalem e Sensible Soccers, entre outras parcerias. Tem ainda estado ligado ao universo do jazz e é director artístico do Jazz ao Largo, ciclo que se tem realizado desde 2016 na cidade de Barcelos.  Continue reading “Disco: “The Clifton Bridge Landscapes” de Krake”

Jazz e vinho no Castelo de Palmela

Isabel Rato

Vem aí mais uma edição do Palmela Wine Jazz, que se realiza entre 19 e 21 de Julho no Castelo de Palmela. Este festival promete combinar a promoção e venda de vinho com o universo criativo do jazz, apresentando concertos às 19h00, 21h00 e 22h30. Por Palmela vão passar Isabel Rato Quinteto, Loosense, Conceição Silva Duo, Sexteto Palmela Six Jazz, Maria João Ogre, Ruben Garção Duo, Quarteto Desidério Lázaro e Quarteto Edgar Caramelo. Aqui ficam os horários dos concertos.

19 Jul, 21h00: Isabel Rato Quinteto
19 Jul, 22h30: Loosense

20 Jul, 19h00: Conceição Silva Duo
20 Jul, 21h00: Sexteto Palmela Six Jazz
20 Jul, 22h30: Maria João Ogre

21 Jul, 19h00:  Ruben Garção Duo
21 Jul, 21h00:  Quarteto Desidério Lázaro
21 Jul, 22h30: Quarteto Edgar Caramelo

Pedro Melo Alves vence Prémio Giorgio Gaslini 

Pedro Melo Alves [Fotografia: Márcia Lessa]

O baterista e compositor português Pedro Melo Alves venceu a 5ª edição do Premio Internazionale Giorgio Gaslini. O prémio foi instituído para homenagear a memória do maestro e destacar jovens músicos que partilhem a sua visão musical. O juri – Franco D’Andrea, Roberto Bonati e Bruno Tommaso – selecionou o português entre um vasto lote de candidatos, músicos com menos de 35 anos. Os vencedores das edições anteriores foram Francesco Orio (2015), Luca Perciballi (2016), Filippo Vignato (2017) e Mathias Hagen (2018). A cerimónia de entrega oficial do prémio realiza-se no dia 29 de Julho, em Borgo Val di Taro, Itália.

Melo Alves deixa um comentário sobre a atribuição do prémio: “A minha reacção é de plena estupefação. Nos últimos tempos tenho participado nalguns eventos à volta do circuito europeu de jazz (European Jazz Conference, 12 Points, Jazzahead, Festival de Jazz de Ljubljana, etc.) e constato que a diversidade e riqueza da oferta que a nova geração de músicos está a trazer ao mundo é esmagadora – cada vez mais culta, mais exigente, mais criativa nos recursos e mais arrojada. Ser apurado, dentro deste caldeirão de novidades, como o vencedor deste prémio que analisa o mérito dos novos artistas sabe a puro surrealismo. Olhando para mim, sabendo que sou apenas um na multidão de talentos que conheço, eu apenas posso dizer que acredito na minha busca e que a reconheço nos princípios de arte dinâmica e total que definiam a visão do Giorgio Gaslini, com cuja instituição tenho o prazer de já ter trocado alguns emails e telefonemas desde o anúncio. E assim, só espero corresponder à imensa hospitalidade com que para já me receberam. Será uma honra participar na cerimónia de entrega do prémio em Borgotaro com uma performance a solo onde pretendo canalizar com a maior honestidade todo o crescimento que têm sido os últimos tempos, rodeado das pessoas mais inspiradoras. É muito bonito receber do mundo amor quando lhe lançamos amor sem qualquer pretensão. São tempos bonitos, estes.”

Gabriel Ferrandini apresenta “Volúpias” ao vivo

Gabriel Ferrandini [Fotografia: Márcia Lessa]

O baterista Gabriel Ferrandini acaba de lançar o disco “Volúpias“, uma edição Clean Feed. Este é o seu primeiro disco em nome próprio, depois de mais de uma década de trabalhos em parceria e colaborações – RED Trio, Rodrigo Amado Motion Trio, duo PeterGabriel, Thurston Moore, CAVEIRA, etc. Este novo disco é o resultado de uma residência promovida pela Galeria ZDB e reúne composições originais e arranjos de Ferrandini, temas trabalhados em parceria com Pedro Sousa (saxofone tenor) e Hernâni Faustino (contrabaixo), numa espécie de “free jazz de temas curtos”. Agora, Ferrandini vai apresentar este trabalho ao vivo num concerto na Culturgest (Grande Auditório) no dia 17 de Setembro. Este concerto vai contar com a participação do veterano pianista alemão Alexander von Schlippenbach, como convidado.

Sara Serpa é “rising star” do Downbeat Critics Poll 2019

Sara Serpa [Fotografia: Márcia Lessa]

A revista americana Downbeat acaba de anunciar os vencedores da votação anual Critics Poll e a cantora portuguesa Sara Serpa é o nome em destaque na categoria vocal, distinguida como “Rising Female Vocalist”. A residir em Nova Iorque há mais de uma década, Serpa tem desenvolvido um trabalho versátil, editou recentemente o disco “Close Up” e está a trabalhar no projecto “Recognition” (com Zeena Parkins, Mark Turner e David Virelles), além de ser uma voz activa no colectivo We Have Voice. Parabéns, Sara Serpa!

A lista completa de vencedores pode ser consultada aqui:
http://downbeat.com/news/detail/downbeat-announces-winners-of-2019-critics-poll

Coimbra acolhe novo festival Here & Now

Marcelo dos Reis

A cidade de Coimbra vai acolher um novo festival focado na música improvisada. O festival Here & Now realiza-se entre os dias 9 e 12 de Julho, co-promovido pelo Jazz ao Centro Clube e pela editora Cipsela, e vai apresentar concertos em três espaços: Museu Nacional Machado de Castro, Salão Brazil e Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Pelo Here & Now vão passar Eve Risser & Marcelo dos Reis, trio Luís Vicente, Seppe Gebruers e Onno Govaert, Pedro Melo Alves’ In Igma e Marcelo dos Reis & Théo Ceccaldi. Aqui fica o programa completo.

9 Jul, 18h30: Eve Risser & Marcelo dos Reis – Museu Machado de Castro

10 Jul, 18h30: Vicente / Gebruers / Govaert – Museu Machado de Castro

11 Jul, 22h00: Pedro Melo Alves’ In Igma – Salão Brazil

12 Jul, 19h00: Marcelo dos Reis & Théo Ceccaldi – Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

JiGG: “A riqueza do jazz europeu mais alternativo”

O festival Jazz im Goethe-Garten (JiGG) realiza-se entre os dias 3 e 12 de Julho e apresenta um total de seis concertos: Cat in a Bag, Dave Gisler Trio, Synesthetic 4, Ghost Trio, Albert Cirera & João Lencastre e Philipp Gropper’s Philm. O JiGG celebra este ano o seu 15º aniversário e vai incluir também uma festa com DJ Johnny (no dia 12, depois do concerto).  Estivemos à conversa com Julia Klein, co-programadora e o rosto mais visível do festival promovido pelo Goethe-Institut Portugal.

 

Quais foram as linhas que guiaram a programação deste ano?
O que tem caracterizado o JiGG desde o início é a visão de dar a conhecer a riqueza do jazz europeu mais alternativo: de jazz contemporâneo, de jazz da vanguarda, da música improvisada, com abordagens experimentais ou talvez até provocadoras e desafiantes. Convidamos grupos e projetos bastante inovadores, de jovens músicos e músicas que se destacam pela sua criatividade e pela sua excelência no que diz respeito à sua prática de tocar. Realmente é uma cena extremamente diversificada, a europeia, e queremos refletir isso na programação do JiGG, quer sejam projetos à base de improvisação livre, quer sejam projetos à base de composições complexas em combinação com improvisação. Um aspeto que une todos os projetos é um discurso musical exploratório, oposto à convencionalidade. Os grupos vêm de Portugal, da Alemanha, da Suíça, da Áustria, da Itália e de Espanha, são seis propostas muito variadas em duo, trio e quarteto.  Continue reading “JiGG: “A riqueza do jazz europeu mais alternativo””

Entrevista: Mn’JAM experiment

O M vem da cantora Melissa Oliveira e o JAM identifica João Artur Moreira, artista visual (os vídeos projectados nos concertos do grupo são dele) e manipulador de dispositivos digitais: o núcleo do grupo Mn’AM experiment é português, a ele se acrescentando o guitarrista galego Virxilio da Silva, o contrabaixista norte-americano, mas radicado em Amesterdão, Matt Adomeit e o baterista polaco Péter Somos. Como convidado têm Casey Benjamin, saxofonista e teclista dos EUA com percurso feito nos Robert Glasper Experiment ou em associação com figuras como os “rappers” Mos Def e Q-Tip e com o vibrafonista Stefon Harris. A música que praticam, um misto de jazz, música electrónica, pop “indie” e improvisação experimental, vai ser apresentada no nosso país em três concertos: no MAAT, em Lisboa, a 8 de Julho, no Museu Cargaleiro, em Castelo Branco, a 12, e no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha a 13. Quisemos saber mais e estivemos à conversa com M e JAM, que respondem a uma só voz…  Continue reading “Entrevista: Mn’JAM experiment”

Vem aí a segunda edição do Festival Robalo

Gonçalo Marques

Vem aí a segunda edição do Festival Robalo. Depois da primeira edição que teve o auditório do Liceu Camões como palco, nesta segunda edição o programa alarga-se para outros espaços. O festival realiza-se entre os dias 10 e 19 de Julho e apresenta um total de 22 concertos, sobretudo com músicos nacionais. O núcleo central dos concertos continua no Liceu Camões (estes concertos terão transmissão em directo na Antena 2), mas vai haver também música ao vivo nos espaços Alô Alô, Café Dias e Resistência, pequenos bares/cafés lisboetas com uma programação regular de jazz. Este ano o festival Robalo também se associa à Associação Porta-Jazz e vai rumar ao Porto. Além de nomes consagrados como João Lencastre, André Santos, Jacob Sacks, Gonçalo Marques e André Rosinha, pelo festival vão passar muitos novos projectos, como: Echo ochE (trio vocal de Inês Pereira, Sofia Sá e Joana Raquel), MA (quarteto de Leonor Arnaut, João Carreiro, João Fragoso e João Lopes Pereira), Tripeiros (quinteto de João Pedro Brandão, Hugo Caldeira, Miguel Meirinhos, Demian Cabaud e João Cardita) e João (trio de João Sousa, João Grilo e João Hasselberg). Aqui fica o programa completo do festival.

Festival satélite (Lisboa)
10 Jul, 19h00: Echo ochE (Alô Alô)
10 Jul, 20h00: Duo Almeida/Cirera (Alô Alô)
11 Jul, 19h00: Duo Tinoco/Fragoso (Café Dias)
11 Jul, 20h00: Duo Branco/Simões (Café Dias)
12 Jul, 22h30: ¡GOLPE! + Jacob Sacks (Resistência)
13 Jul, 19h00: ¡GOLPE! + Masa Kamaguchi (Alô Alô)
14 Jul, 19h00: Duo Demian/Matos (Alô Alô)

Liceu Camões (Lisboa)
15 Jul, 18h00: João
15 Jul, 19h00: Uniforme
15 Jul, 20h00: André Rosinha Trio
16 Jul, 18h00: Jacob Sacks
16 Jul, 19h00: Tripeiros
16 Jul, 20h00: João Lencastre “Parallel Realities”
17 Jul, 18h00: MA
17 Jul, 19h00: André Santos Trio
17 Jul, 20h00: Quarteto de Gonçalo Marques

Festival Robalo na Porta-Jazz (Porto)
18 Jul, 19h00: Duo Leonor Arnaut / João Carreiro
18 Jul, 21h30: André Matos
18 Jul, 22h30: Uniforme
19 Jul, 19h00: Fragoso Quinteto
19 Jul, 21h30: Quarteto de Gonçalo Marques
19 Jul, 22h30: Tripeiros