Acaba de nascer e começou a aparecer sorrateiramente no Facebook. O Eixo do Jazz – Associação Luso-Galaica para a Promoção do Jazz promete promover a divulgação do jazz e já organizou um primeiro evento, um concerto do Quarteto Eixo do Jazz no passado dia 6 de Agosto. Representada por Amadeu A. Portilha, Suzana Costa, Cristiana Morais e Cristina Marvão, a associação apresenta-se.
O que é O Eixo do Jazz?
O Eixo do Jazz não é uma associação de músicos, é uma associação formada por várias pessoas interessadas no estilo musical, que decidiram ajudar os músicos de jazz a melhorar as condições da sua actividade profissional e consequentemente a aumentar o numero de vezes que o jazz se faz ouvir. Surgiu de várias conversas entre amigos, músicos e outras pessoas envolvidas no meio.
Quem são as pessoas/músicos envolvidas?
Há poucos músicos envolvidos para já. O grupo de trabalho neste momento é constituído por profissionais de áreas que podem ajudar os músicos, tais como advogados, produtores, gestores, consultores financeiros, directores de escolas de música, agentes, técnicos de som. Uns portugueses, outros galegos.
Porquê sediar uma associação luso-galaica em Famalicão?
Sendo a associação luso-galaica e tendo como um dos objectivos o alargamento dos públicos para o Jazz, Famalicão reúne todas as condições. Não é o centro geográfico da região delineada mas está acessível a todos pela proximidade a meios eficazes e porque não tem o hábito de programar este género musical apesar de ter várias escolas de música mas mais direccionadas para a música clássica e por isso fazia todo o sentido fazer esta “chamada de atenção”. Não fazia sentido criar mais uma associação em Lisboa, Porto ou Coimbra. Até mesmo em Guimarães ou Braga. Nesses locais já há muita gente a cuidar do jazz que pode vir a trabalhar/colaborar connosco.
O Eixo do Jazz acaba de promover um concerto de uma nova banda de jazz. Este grupo é um dos pilares da associação?
O Quarteto do Eixo foi criado pelo Diego Alonso, para uma situação muito especial que foi a primeira oportunidade que surgiu de divulgar o projecto em Famalicão. O Diego é um dos músicos que está envolvido desde a primeira hora. Sem se dar conta, foi uma entrevista que ele deu no verão de 2016 que despoletou esta ideia.
De onde vem o apoio e financiamento do projecto?
Para já do trabalho dos envolvidos e com um pequeno apoio do Município de Famalicão que para além de nos ajudar com despesas legais, nos irá ceder instalações para reuniões de trabalho e espaços para promoção de eventos. Depois será o trabalho da direcção e associados que trará o financiamento. Este projecto não está pensado para se concretizar, em pleno, a curto prazo.
Objectivos, planos e projectos?
Os objectivos são largos e os planos ambiciosos, portanto sabemos que não vai ser fácil cumprir, no entanto todas as pequenas vitórias conquistadas no caminho, valerão a pena. Por exemplo, no domingo passado em Famalicão, fizemos soar jazz para um público que não está habituado e gostou, vendemos alguns discos que nos foram cedidos pelo Hot Club e pelo músico João Mortágua da Porta-Jazz, no meio de um parque maravilhoso. Muito provavelmente, conseguimos cativar pelo menos, um novo apreciador de Jazz. Queremos contribuir para promover o jazz em geral para um público que está fora dos circuitos “tradicionais” mas qualquer banda que nos peça ajuda será ajudada dentro das nossas capacidades. Os planos estarão sempre em aberto, de cada vez que falamos com um músico aparece uma sugestão nova. Neste momento, ainda está tudo em cima da mesa. Por onde vamos começar? Na primeira Assembleia Geral, a acontecer no fim do Verão ou princípio do Outono, vamos descobrir.