João Almeida lança três novos discos

O jovem trompetista João Almeida acaba de lançar três novos discos em simultâneo. Depois da óptima estreia com Solo Sessions, Almeida publica agora duas novas gravações a solo (Static I e Static II) e uma gravação em trio, com Fred Lonberg-Holm (violoncelo) e João Lopes Pereira (bateria): Live at Zaratan. Trompetista da nova geração do jazz nacional, João Almeida tem colaborado em diversos grupos, entre a improvisação livre o jazz mais convencional. Os novos registos de João Almeida estão disponíveis para escuta na sua página Bandcamp.

Tiago Sousa apresenta novo disco no Lux 

O pianista Tiago Sousa vai apresentar o seu novo disco ao vivo no Lux Frágil, em Lisboa. O concerto terá lugar no dia 2 de dezembro, quarta-feira, às 19h00. Sousa levará na bagagem o material inédito de Oh Sweet Solitude, num concerto que resulta de uma parceria do Lux com o Teatro do Bairro Alto. Os bilhetes têm o preço de 12€ e já estão à venda. Tiago Sousa actuará depois a 13 de dezembro, às 11h, em Setúbal, na Casa da Cultura.

Sobre a “Balada para Sophie” de Filipe Melo

Façamos um desvio para fora da música. Não muito, porque aqui também há muita música e o Filipe Melo é pianista de jazz, além de realizador e autor de BD. O Filipe Melo publicou recentemente o livro Balada para Sophie (edição Tinta-da-China), um livro que é um acontecimento. Quando o livro Sabrina de Nick Drnaso, uma novela gráfica, foi selecionado para a shortlist do Man Booker 2018, foi reaberto o debate sobre se a banda desenhada deveria ser considerada literatura. Livros como esta Balada para Sophie mostram que sim, que é possível contar histórias com profundidade e densidade – como também o fazem Adrian Tomine, Jiro Taniguchi, Paco Roca, Marjane Satrapi, entre muitos outros. Balada para Sophie é belíssimo, do princípio ao fim: pela beleza da história, pelas várias camadas das personagens, pela música sempre presente (incluindo um bónus musical final). Até a dedicatória é bonita: o livro é dedicado a Beatriz Lebre, que foi assassinada, vítima de violência. Magnífico.

Ensemble Mondego estreia-se em Coimbra

O novo Ensemble Mondego vai estrear-se ao vivo com um concerto no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, no dia 1 de dezembro. O Mondego – Ensemble Jazz ao Centro surgiu por iniciativa do JACC – Jazz ao Centro Clube e tem como objetivo “constituir-se enquanto plataforma para compositores e intérpretes da Região de Coimbra, reforçando o apoio à criação e complementando o trabalho de promoção e divulgação que o Jazz ao Centro Clube tem vindo a assumir em várias frentes.” O ensemble reúne oito músicos, sob direção artística de João Mortágua e Ricardo Formoso. Além de Mortágua (saxofones) e Formoso (trompete), o grupo completa-se com Keir Gonçalves (saxofone), Guilherme Fradinho (saxofone), Pedro Jerónimo (trompete/fliscorne), Andreia Santos (trombone), (João Cação) contrabaixo) e Miguel Fernández (bateria).

Mano a Mano apresentam “Disco de Natal”

O duo Mano a Mano prepara-se para editar o seu quarto disco, o Disco de Natal. O projecto de André Santos e Bruno Santos, dois irmãos guitarristas madeirenses, vai agora apresentar um conjunto de canções de Natal interpretadas com duas guitarras, com arranjos originais jazzísticos. A dupla irá apresentar o novo trabalho ao vivo, com um concerto no Teatro Vilaret, em Lisboa, no dia 17 de Dezembro. Os bilhetes para este espectáculo já estão disponíveis online.

Rádio Defusão: a nova geração do jazz português

O podcast Rádio Defusão, de Fábio Vieira Fernandes, dedicou um episódio à nova geração do jazz português. A playlist, seleccionada por Nuno Catarino, inclui temas de Ricardo Toscano Quarteto, Sara Serpa, João Hasselberg & Pedro Branco, Gabriel Ferrandini, João Barradas e André Santos. Aqui fica o alinhamento completo:

Ricardo Toscano Quartet — “Lament”
Sara Serpa — “The Multi-racialism Myth”
João Hasselberg & Pedro Branco — “The Heart Is A Lonely Hunter”
Gabriel Ferrandini — “Rua de O Século”
João Barradas — “The Human Journey In Search Of Meaning”
André Santos — “Canção Em Sol”

O episódio pode ser escutado na íntegra aqui: www.radiodefusao.pt.

“Prelúdio in Blue”: novo livro de poesia jazz

A brasileira Rafaella Britto publicou neste ano de 2020 o seu livro “Prelúdio in Blue”. Esta é uma coletânea de poemas-canções em homenagem ao jazz, ao cinema e às raízes da cultura negra. O livro pode ser adquirido na loja online da Editora Penalux.

“As referências e inspirações para os 33 poemas deste livro são as mais ricas e variadas possíveis: da música ao cinema, de Miles Davis à fala icônica de Bette Davis em “A Estranha Passageira”, de Louis Armstrong a Marilyn Monroe, de Dizzy Gillespie à sedução prateada do cinema mudo. […] Prestando homenagem às mulheres sem medo como Marlene Dietrich, Maya Angelou, Lena Horne, Billie Holiday, à injustamente esquecida autora Dinah Silveira de Queiroz e às pouco celebradas harpistas do jazz, Rafaella Britto se deixa inspirar pelas mestras mas nunca as copia: usa-as para criar arte original, visceral e pessoal. Na leitura, é importante observar a cadência dos versos dos poemas, em ressonância com a cadência de diferentes gêneros e composições. Poesia é também música, por vezes a 24 quadros por segundo, nem sempre impressa na folha de papel, é a lembrança doce da avó, é o redescobrir da alegria que parecia soterrada em dor, após ouvir uma melodia enquanto se cumpre uma tarefa cotidiana. A poesia está aí, escondida em cada canto da vida, e Rafaella nos lembra de que também podemos reencontrar a poesia nas nossas vidas: basta olhar e ouvir além.”
– Letícia Magalhães