Pedro Melo Alves vence Prémio Giorgio Gaslini 

Pedro Melo Alves [Fotografia: Márcia Lessa]

O baterista e compositor português Pedro Melo Alves venceu a 5ª edição do Premio Internazionale Giorgio Gaslini. O prémio foi instituído para homenagear a memória do maestro e destacar jovens músicos que partilhem a sua visão musical. O juri – Franco D’Andrea, Roberto Bonati e Bruno Tommaso – selecionou o português entre um vasto lote de candidatos, músicos com menos de 35 anos. Os vencedores das edições anteriores foram Francesco Orio (2015), Luca Perciballi (2016), Filippo Vignato (2017) e Mathias Hagen (2018). A cerimónia de entrega oficial do prémio realiza-se no dia 29 de Julho, em Borgo Val di Taro, Itália.

Melo Alves deixa um comentário sobre a atribuição do prémio: “A minha reacção é de plena estupefação. Nos últimos tempos tenho participado nalguns eventos à volta do circuito europeu de jazz (European Jazz Conference, 12 Points, Jazzahead, Festival de Jazz de Ljubljana, etc.) e constato que a diversidade e riqueza da oferta que a nova geração de músicos está a trazer ao mundo é esmagadora – cada vez mais culta, mais exigente, mais criativa nos recursos e mais arrojada. Ser apurado, dentro deste caldeirão de novidades, como o vencedor deste prémio que analisa o mérito dos novos artistas sabe a puro surrealismo. Olhando para mim, sabendo que sou apenas um na multidão de talentos que conheço, eu apenas posso dizer que acredito na minha busca e que a reconheço nos princípios de arte dinâmica e total que definiam a visão do Giorgio Gaslini, com cuja instituição tenho o prazer de já ter trocado alguns emails e telefonemas desde o anúncio. E assim, só espero corresponder à imensa hospitalidade com que para já me receberam. Será uma honra participar na cerimónia de entrega do prémio em Borgotaro com uma performance a solo onde pretendo canalizar com a maior honestidade todo o crescimento que têm sido os últimos tempos, rodeado das pessoas mais inspiradoras. É muito bonito receber do mundo amor quando lhe lançamos amor sem qualquer pretensão. São tempos bonitos, estes.”