O’culto da Ajuda acolhe CreativeFest XI

O festival CreativeFest, promovido pela editora Creative Sources, chega este ano à sua décima primeira edição. O festival realiza-se entre os dias 21 e 25 de Novembro e terá lugar no O’culto da Ajuda, em Lisboa. O CreativeFest XI vai apresentar ao longo de cinco dias um conjunto alargado de propostas de música improvisada, entre grupos inéditos e formações consagradas – pelo festival vão passar projectos como Variable Geometry Orchestra, RED Trio, IKB Ensemble, Sei Miguel Quarteto, entre outros. Aqui fica o cartaz completo.

Going em estreia nacional

João Lobo [Fotografia: Vera Marmelo]

O grupo Going, que integra o baterista português João Lobo, vai actuar pela primeira vez em Portugal para apresentar o seu novo disco. O quarteto trabalha uma música experimental e reúne Pak Yan Lau (teclados e efeitos), Giovanni Di Domenico (Fender Rhodes e efeitos), Mathieu Calleja (bateria) e Lobo (bateria). O grupo prepara-se para editar o disco “Going III (Disque D’ORgue)”, numa co-produção Meakusma/Silent Water, e vai apresentar-se ao vivo em quatro datas entre o norte e o sul do país. Aqui fica a agenda completa da tour nacional.

31 Out: Antiga Casa da Cultura, Caldas da Rainha
2​ Nov: Damas, Lisboa
3​ Nov​:​ SMUP, Parede
4​ Nov: Sonoscopia, Porto

Miguel Ângelo aventura-se a solo

O contrabaixista Miguel Ângelo acaba de anunciar a edição de um novo disco. Membro dos grupos Ensemble Super Moderne, MAP e Pedro Neves Trio, também líder do seu próprio quarteto (que gravou os discos “Branco” e “A Vida de X”), atira-se agora a uma aventura a solo, sem rede, focado numa música livremente improvisada. O novo álbum, com o “I think I’m going to eat dessert”, será editado pela Creative Sources e vai ser apresentado ao vivo no dia 5 de Novembro no ciclo Solilóquios (Porto).

O contrabaixista apresenta assim o disco: “Fazer música é um ato de ousadia, chega mesmo a ser um ato de loucura, fazê-lo a solo é o ainda mais. Desde sempre estive envolvidos em processos de criação a solo, sobretudo numa vertente multi-instrumentista, gosto do que me tira dos eixos e dos caminhos habituais. Hoje, sinto-me com maturidade e desenvoltura suficiente para o fazer com o contrabaixo a solo. É música, sobretudo improvisada, experimental, onde exploro os sons e vozes do contrabaixo, afinações, timbres e alguns efeitos e loops, tudo criado em tempo real.”

Novembro no Hot

Luís Figueiredo [Fotografia: Vera Marmelo]

O Hot Clube de Portugal acaba de apresentar a sua programação para o mês de Novembro. Pelo clube da Praça da Alegria vão passar projectos internacionais como VEIN feat. Rick Margitza (dias 9 e 10), Spiral Trio (17 e 18) ou o trio Pinheiro/Cavalli/Ineke (23 e 24). A cena nacional também estará bem representada, com as actuações de Luís Figueiredo (dia 11, a apresentar o  ambicioso disco duplo “Kronos/Penélope”), João Espadinha Sexteto (dia 25), o regresso da dupla Filipe Melo & André Santos (dia 19, com o baterista brasileiro Paulo Braga) e João Barradas com o projecto “Undercovers” (dias 30 Novembro, 1 e 2 de Dezembro). Já no início de Dezembro irão actuar também o Ariel Bringuez Quartet (dia 7) e Ricardo Toscano Quarteto (dia 8). As jam sessions – sempre às terças-feiras, com entrada livre – são organizadas pelo baterista Luís Candeias.

Programa completo [PDF]

3 Discos? A escolha de João Hasselberg

[Fotografia: Teresa Q]

João Hasselberg é um jovem compositor e contrabaixista português. Editou dois excelentes discos em nome próprio – “Whatever It Is You’re Seeking, Won’t Come In The Form You’re Expecting” (2013) e “Truth Has To Be Given In Riddles” (2014) – e, em parceria com o guitarrista Pedro Branco, publicou entre o final do ano passado e o início de 2017 mais dois discos marcantes e originais: “Dancing Our Way to Death” e “From Order to Chaos”. Está envolvido noutros projectos, como Spectral Songs, Whirlpool Ensemble ou Songbird (duo com o pianista Luís Figueiredo). Actualmente reside em Copenhaga, onde está a concluir um mestrado, e mantém colaborações com músicos como Luísa Sobral, Beatriz Pessoa ou Tiago Bettencourt. Estas são as suas escolhas.

  

Alva Noto & Ryuichi Sakamoto – “Vrioon”
(Raster-Noton, 2002)
“Este disco é, do meu ponto de vista estético, um equilíbrio perfeito entre o sintético e o acústico. Por coincidência estou a trabalhar num projecto a solo de electrónica e contrabaixo intitulado A Origem do Universo que lida com essa mesma dualidade da fonte sonora.”

Hajk – “Hajk”
(Jansen, 2017)
“É uma banda pop norueguesa. Para além de gostar muito das canções, a qualidade da produção é do outro mundo.”

Arvo Pärt / Latvian Radio Choir – “Da Pacem Domine”
(Ondine, 2016)
“A espiritualidade do Arvo Pärt é uma coisa avassaladora. Ando a ouvir/ler tudo o que encontro dele e sobre ele, primeiro porque me faz bem emocionalmente, segundo para tentar perceber de onde vem e como posso acentuar isso na minha música.”

Siga a Marinha

Mário Laginha Trio [Fotografia: Márcia Lessa]

Está aí a chegar mais uma edição do Festival de Jazz da Marinha Grande, que se realiza entre os dias 11 e 25 de Novembro. No dia 11 o festival promove a apresentação dos combos das oficinas, que têm trabalhado com os professores Pedro Nobre e César Cardoso. O festival prossegue com as actuações de João Barradas Trio (dia 17), Mário Laginha Trio (dia 18), André Fernandes “Centauri” (dia 24) e Demian Cabaud Quintet (dia 25). Todos os concertos têm lugar na Casa da Cultura Teatro Stephens.

André Fernandes anuncia novidades

[Fotografia: Carlos Azevedo]

O guitarrista André Fernandes acaba de anunciar novidades em dose dupla. O grupo Centauri é um novo projecto, 100% nacional, onde a guitarra de Fernandes tem a companhia de José Pedro Coelho (saxofone), João Mortágua (saxofone), Francisco Brito (contrabaixo) e João Pereira (bateria). O quinteto promete editar o disco de estreia, intitulado “Dragão”, no início de 2018.

Também no iníco do próximo ano será editado o disco de estreia do grupo Lithium. Este projecto junta o guitarrista português com os finlandeses Alexi Tuomarila (piano), Joonas Tuuri (contrabaixo) e Jonne Taavitsainen (bateria). O quarteto já gravou e o disco será editado pela Challenge Records. Aqui ficam amostras daquilo que aí vem.

“Silent Words” no Liceu Camões


Afonso Pais [Fotografia: Rosa Castro]

O guitarrista Afonso Pais e o pianista João Paulo Esteves da Silva vão estrear um novo projecto em parceria. A dupla apresenta-se ao vivo nos dias 9 e 10 de Novembro no Auditório do Liceu Camões, em Lisboa. Com o título “Silent Words”, o espectáculo será baseado na música de Cole Porter e os bilhetes têm o preço único de 8€. As reservas podem ser efectuadas através do  endereço de email subscriber@uniquebooking.eu.

Brötzmann & Black Bombaim de regresso

A parceria entre o lendário saxofonista alemão Peter Brötzmann e os portugueses Black Bombaim está de volta. Depois de concertos memoráveis e do excelente disco homónimo (edição conjunta Shhpuma + Lovers & Lollypops), Peter Brötzmann & Black Bombaim voltam a apresentar-se ao vivo em Portugal em duas datas:  no dia 25 de Outubro no Musicbox (Lisboa) e no dia seguinte, 26, no Passos Manuel (Porto). O concerto do Porto conta com a primeira parte de Paisiel, projecto do percussionista João Pais Filipe e do saxofonista alemão Julius Gabriel.